Quando a gente descobre que está grávida, começa a fazer mil planos para o bebê. A gente quer que seja menina, que seja menino, que se pareça com a gente, que se pareça com o pai, que seja loiro, que seja moreno, que tenha olhos pretos, nariz de tal jeito, dobrinhas nas pernas e por aí vai. Com as nossas expectativas, construímos um verdadeiro castelo.
Quando a gente descobre que vai ser mãe a gente pensa em tudo o que a gente vai ser. Brava, calma, exigente, carinhosa, linha dura, manteiga derretida. A gente fala sobre tudo o que a gente planeja para o nosso filho: aulas de inglês e de natação são essenciais! Ele vai aprender música e estudar no colégio tal, vai usar tal estilo de roupa e vai curtir tal música.
Quando o bebê nasce, boa parte das nossas expectativas são destruídas. Mas nós nos encantamos do mesmo jeito, pelo bebê que chegou, pela maternidade, pela nova vida. E percebemos que o mais importante, assim como dizem as nossas avós num clichê mais do que conhecido, é que o bebê venha com saúde.
Mas e quando não vem?
Esse é um assunto doloroso e delicado de se tratar, mas admiro e gosto mesmo de ver a força e a determinação das mães que têm filhos portadores de alguma doença ou deficiência. E gosto também de ver a coragem de alguns pequenos que, ainda tão novos, têm de lidar com algum tipo de limitação.
Hoje eu vim contar para vocês a história do Matheus.
No último domingo eu fui com o namorido e o filhote ao jogo do Cruzeiro, no Mineirão. O jogo foi às 11h, um ótimo horário para um programa em família, e essa é a justificativa de uma atleticana estar em pleno domingo assistindo a um jogo na torcida cruzeirense. Se valeu a pena? MUITO! Não só pelos momentos em família, mas também por fazer, de certa forma, parte da vida do Matheus.
O Matheus é um menino lindo, daqui de bh, que tem problemas nos rins e no intestino, e que precisa de um transplante. Ele convive com hospitais desde que nasceu. Passou o último ano inteirinho no hospital, e seu grande sonho era fugir dali. Quando recebeu alta, palhaços de uma ONG em MG planejaram uma fuga de Matheus (uma das reportagens mais lindas que já vi), que você pode ver por aqui.
A mãe dele, Gecilene (um verdadeiro exemplo de mãe), fez um apelo à torcida do cruzeiro. Ele entraria em campo com os jogadores no jogo do dia 18, e ela queria que todos gritassem o nome do menino. Gente, o Matheus entrando em campo com a torcida gritando o nome dele, "Matheus guerreiro" foi uma das coisas mais emocionantes que já presenciei na vida. Vocês podem ver por aqui.
Então pensei no quanto eu sou feliz. Meu filho tem saúde, meu filho pode correr, brincar,ser criança. E eu quero, de verdade, ajudar o Matheus a também poder. Ele precisa ir para os EUA fazer o transplante, e para isso precisa de 2 milhões de reais. Qualquer contribuição conta.
Quem quiser conhecer melhor a história desse amiguinho e saber como ajudar é só entrar na página Juntos pelo Matheus, no facebook.
Por hoje é só, gente.
Um beijo,
G.
Muito obrigado pela divulgação e pelo carinho das palavras. Bj. Mãe do Matheus. Gecilene
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