"É um prazer trazer mais uma colunista para nosso time! Escolhi a Déborah por acompanhar seu facebook e perceber seu encanto por seu filho especial, sem esquecer de batalhar por seus direitos e ter muita força de vontade para isso. Apesar de conhecê-la a 2 anos, a vida que nos apresentou foi a mesma que diminuiu nosso contato, risos, então posso dizer que minha escolha foi por admiração! Tenho certeza que vocês adorarão acompanhar seus posts quinzenais e abrimos aqui um espaço para mães especialmente lindas de coração, escolhidas por Deus para uma tarefa e tanto!" Aline Caldas Viterbo
Sou Déborah de Melo Gouvêa, tenho 32 anos e moro em Brasília. Fui convidada para escrever no blog e já me considerava sortuda e muito especial, talvez seja porque tenho um filho especial. Primeiramente gostaria de agradecer o convite a Aline, pois você acabou realizando um sonho que sempre tive. Já havia pensado em fazer um blog, mas não consigo mexer nessas coisas novas,rsrsrsr. e a Aline vem me ajudando nisso também.
Sou Déborah de Melo Gouvêa, tenho 32 anos e moro em Brasília. Fui convidada para escrever no blog e já me considerava sortuda e muito especial, talvez seja porque tenho um filho especial. Primeiramente gostaria de agradecer o convite a Aline, pois você acabou realizando um sonho que sempre tive. Já havia pensado em fazer um blog, mas não consigo mexer nessas coisas novas,rsrsrsr. e a Aline vem me ajudando nisso também.
Esse era um sonho porque tenho um filho autista. Leio muitos livros, mas sinto falta de ler algo sobre o que é ser mãe de uma criança especial. Tenho uma grande amiga que, num dia muito difícil, estava conversando comigo e ela me disse " Déborah depois que tive meu filho passei a ser a mãe dele, não mais a minha pessoa, parece que perdemos nossa identidade", esqueci de mencionar o filho dela também é autista. Isso me motivou mais a escrever e por isso aceitei o convite e estou aqui de coração aberto pronta para abrir minha vida: contar dos meus sentimentos. Enfim, contar como primeira pessoa, o que é ser mãe de uma criança especial. Espero poder passar minha experiência de uma forma bem legal e que vocês tenham o prazer de ler e de sentir um pouco dessas emoções. Fica aqui, já, meu muito obrigada.
Bom então vamos começar bem do inicio, na época da gestação...
Há mais ou menos 5 anos, digo mais ou menos porque estou contando com a gestação. Tive uma notícia que pra mim foi bombástica, estava grávida! Caramba tudo novo na minha vida, mudança radical. A maneira de pensar e agir, turbilhões de sensações e sentimentos. Período no qual a mulher passa por milhares de transformações.
Sou diabética tipo 1, diabetes mellitus. Por isso, minha médica já me alertou que seria uma gestação de risco, mas que eu não me preocupasse, porque controlando a diabetes não afetaria o bebê. E que comece o pré-natal! Consegui controlar minha diabetes como nunca havia feito antes, tive até que parar de tomar uma das insulinas que tomava. Tudo certo, minha saúde estava ótima e a do bebê também, que alegria.
Assim que descobri a gravidez, depois do susto, já pensei nos nomes. Se fosse menina seria Helena e se fosse menino, Daniel. No quinto mês, pra alegria do pai, descobri que meu bebê era um menino e a partir daí já comecei a conversar com Daniel carinhosamente. Aquele amor já havia crescido e se expandia diariamente. Ficava imaginando como ele seria, e a cada ecografia ficava mais feliz em saber que estava tudo bem com ele. Meu obstetra já tinha me alertado que Daniel nasceria prematuro por conta da diabetes e realmente foi o que aconteceu ele era enorme.
Marquei a data da cesariana: 23 de janeiro de 2012, pela manhã. Lá estava eu, o pai do Daniel e minha mãe (Maria Helena), cedinho, com a mala de Daniel e a minha, vários travesseiros e várias emoções. Comecei a passar mal, tive hipoglicemia (falta de açúcar no sangue) e prontamente o pai do Daniel chamou uma enfermeira que rapidamente providenciou o soro glicosado para mim. E fomos para a sala de parto...
Chegando o anestesista logo se assustou com a quantidade de pessoas dentro da sala e logo foi pedindo, carinhosamente, para sair a metade. Achou o lugar que tinha que aplicar a anestesia, mas infelizmente não foi de primeira, e lá vamos nós para uma segunda agulhada. Lembro-me bem da nossa conversa, era sobre Fortaleza, mas ele não me enganou sabia que estavam tirando o Daniel. Sentia pela parte de cima do meu corpo o medico tentando retirar o Daniel de dentro de mim. Quando meu filho nasceu senti uma felicidade enorme e uma tristeza também: meu filho não havia chorado. Escutei seu choro fora da sala, e assim veio a enfermeira, rapidamente, mostrar meu filho, e num piscar de olhos, ela já havia o levado. Caramba, mal pude olhar para o meu filho, mas tudo bem, não sabia ao certo o que estava acontecendo, e se aquilo tudo que estávamos passando era normal ou não.
A parte engraçada é que volta o pai de Daniel me perguntando se alguém da minha família tinha 6 dedos, porque Daniel havia nascido com 6 dedos no pé (polidactilia). Sou adotada, portanto, se fosse genético não saberia, e logo foi ligando para seus pais.
Fui pra uma sala, e ainda bem desorientada, não sei explicar se era por causa do remédio que haviam colocado no soro, ou se era porque não estava entendendo toda a situação. De repente, vem chorando o pai do Daniel (Paulo, cansei de escrever "pai do Daniel"), dizendo que Daniel nasceu com insuficiência respiratória e estava no capacete de oxigênio). Tentei acalmá-lo, e nisso passa uma enfermeira com Daniel na incubadora indo diretamente para a famosa UTI Neonatal. E a partir dai começa minha batalha como mãe.
Bom, como escreverei quinzenalmente, nos vemos daqui a 15 dias...
Beijos e até lá!
Déborah Gouvêa
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