Enfim chegada a hora de ver meu filho na UTI! Caramba pense, Daniel nasceu as 10:45 a.m e só fui vê-lo as 21:00 p.m! Quando entrei na UTI fui logo perguntando para Paulo qual daqueles bebês seria o Daniel e ele me levou direto na incubadora 06. Ele era o maior bebê da UTI, pessoas diziam que ele não parecia bebê de UTI, e bebê de UTI tem cara é?!?!?! Ser humano, mas continuando..... Nasceu com 3,650 Kg e 51 centímetros! Tinha pêlos até nas orelhas e como tinha 6 dedos em cada pé o apelidei de fera dos x-men! Ele era lindo aliás, é! kkkk...Que vontade de pegá-lo, mas não pude. Fiquei feliz em saber que sua situação não era grave e lá estava eu até último minuto que pude admirando meu lindo e amado filho, depois fui para o quarto.
Foram tantas emoções vividas naquele dia, boas e ruins. Pensamento de incapacidade, de irresponsabilidade, sei lá. Um amor que não tinha como explicar ou dizer! Queria tanto o Daniel nos meus braços, mas naquele momento o melhor lugar seria na incubadora. Que coisa estranha né? Você espera 8 meses para ter seu filho em seus braços, arruma a mala, se prepara para a nova fase da sua vida e de repente vem a vida e te joga um balde de água fria, dizendo que ainda não é a hora! Tive que aprender a ser mãe sem poder praticar uma rotina que imaginava! Mas se engana quem acha que não pratiquei a maternidade. Foram os 30 dias mais longos, cansativos e sofridos da minha vida. Sabe o medo de pegar criança recém nascida no colo, os pais desajeitados e outras coisas que sentimos com um recém-nascido? Pois é, isso não aconteceu comigo e nem com Paulo. Daniel tinha vários fios pelo seu corpo: um que era colocado no pé para medir pressão, a sonda que era no nariz para alimentação, um no peito que foi dado até dois pontos para não sair para o soro e por último um para o oxigênio.
Não aguentava mais os apitos dos aparelhos, o cheiro do sabonete, a incubadora, a proibição de tirar foto do MEU filho, a saída e entrada de bebês e o Daniel lá! Com 7 dias ele pegou uma infecção generalizada e com 14 descobriram uma anomalia e ele teria que fazer uma cirurgia. Caramba, não bastava a dor da cesárea, as idas e vindas de carro que acabavam comigo, a tristeza de ver meu filho na UTI e não tê-lo em casa, viria mais essa: uma cirurgia marcada as pressas!
Infelizmente meu corpo padeceu, tive paralisia facial do lado esquerdo. Como não pude amamentar por alguns motivos pude tomar remédio a base de corticoide. Entre os problemas da não amamentação era que Daniel não conseguia mamar, pois não é tão fácil assim, algumas mães perdem a paciência com seus filhos quando o mesmo não consegue mamar. Aí vai uma dica: quando Daniel não conseguia mamar, questionava o porquê com as enfermeiras e elas me disseram o motivo. Mamar não é só um ato, é feito de 3 atos: chupar o leite, respirar e engolir. Nada muito fácil principalmente para um ser que acabou de nascer! Meu sonho era amamentar, todos dizem que é muito bom para a aproximação de mãe e filho e pensava: "Poxa, essa aproximação foi tirada de mim pela UTI e agora pela impossibilidade de amamentar."
Fiquei muito chateada, mas depois pensando melhor e mesmo sabendo da importância do leite materno, vi que a sociedade impõe certas coisas que as vezes quando você não consegue atingi-las você se sente incapacitado. Comecei a pensar como um ser humano único, como se é, sem se importar com os outros porque precisava estar bem. O que a sociedade me impunha já não me abalava mais. Só podia ver meu filho 3 vezes ao dia e assim foram os 30 dias. A vida nos ensina até nas horas tristes e sempre tem um lado bom. Emagreci 14 kg em uma semana ( 7 dias), Paulo mesmo dizia para colocar no face "Emagreça 14 kg em 1 semana, me pergunte como!" kkkkk. E o que é mais engraçado é que disse que foram os piores dias da minha vida, mas pude observar o amor no ar: Amor de pai para filho, amor das enfermeiras e médicos, amor de avós, esperança, força, capacidade de coisas impossíveis, fé, brincadeiras, garra, confiança, cumplicidade dentre várias outras. Cirurgia feita e depois de mais 15 dias Daniel sai do hospital!
Que maravilha! Agora meu filho vai VIVER, poder RESPIRAR, OBSERVAR o mundo!! Que vontade de apresentar pessoas, lugares, sensações para meu filho. Caramba, que felicidade! Quanta felicidade! Parecia que meu filho tinhas renascido. Os dias foram passando e fui percebendo que meu filho não era uma criança "NORMAL". E lá vamos nós batalhar de novo...
Daniel - Foto da carteirinha da maternidade |
Não aguentava mais os apitos dos aparelhos, o cheiro do sabonete, a incubadora, a proibição de tirar foto do MEU filho, a saída e entrada de bebês e o Daniel lá! Com 7 dias ele pegou uma infecção generalizada e com 14 descobriram uma anomalia e ele teria que fazer uma cirurgia. Caramba, não bastava a dor da cesárea, as idas e vindas de carro que acabavam comigo, a tristeza de ver meu filho na UTI e não tê-lo em casa, viria mais essa: uma cirurgia marcada as pressas!
Infelizmente meu corpo padeceu, tive paralisia facial do lado esquerdo. Como não pude amamentar por alguns motivos pude tomar remédio a base de corticoide. Entre os problemas da não amamentação era que Daniel não conseguia mamar, pois não é tão fácil assim, algumas mães perdem a paciência com seus filhos quando o mesmo não consegue mamar. Aí vai uma dica: quando Daniel não conseguia mamar, questionava o porquê com as enfermeiras e elas me disseram o motivo. Mamar não é só um ato, é feito de 3 atos: chupar o leite, respirar e engolir. Nada muito fácil principalmente para um ser que acabou de nascer! Meu sonho era amamentar, todos dizem que é muito bom para a aproximação de mãe e filho e pensava: "Poxa, essa aproximação foi tirada de mim pela UTI e agora pela impossibilidade de amamentar."
Fiquei muito chateada, mas depois pensando melhor e mesmo sabendo da importância do leite materno, vi que a sociedade impõe certas coisas que as vezes quando você não consegue atingi-las você se sente incapacitado. Comecei a pensar como um ser humano único, como se é, sem se importar com os outros porque precisava estar bem. O que a sociedade me impunha já não me abalava mais. Só podia ver meu filho 3 vezes ao dia e assim foram os 30 dias. A vida nos ensina até nas horas tristes e sempre tem um lado bom. Emagreci 14 kg em uma semana ( 7 dias), Paulo mesmo dizia para colocar no face "Emagreça 14 kg em 1 semana, me pergunte como!" kkkkk. E o que é mais engraçado é que disse que foram os piores dias da minha vida, mas pude observar o amor no ar: Amor de pai para filho, amor das enfermeiras e médicos, amor de avós, esperança, força, capacidade de coisas impossíveis, fé, brincadeiras, garra, confiança, cumplicidade dentre várias outras. Cirurgia feita e depois de mais 15 dias Daniel sai do hospital!
Que maravilha! Agora meu filho vai VIVER, poder RESPIRAR, OBSERVAR o mundo!! Que vontade de apresentar pessoas, lugares, sensações para meu filho. Caramba, que felicidade! Quanta felicidade! Parecia que meu filho tinhas renascido. Os dias foram passando e fui percebendo que meu filho não era uma criança "NORMAL". E lá vamos nós batalhar de novo...
Encerro aqui mais um dia de lembranças boas e ruins, relembrando que tudo passa e melhora! Que nada na vida é definitivo, e que devemos ter fé sempre, não só a fé religiosa, mas a fé em nós mesmas! Acredito que mães são seres abençoados e admirados por Deus e pelos homens. São fortes e frágeis, são doces e amargas, elas são todos os defeitos e qualidades ao mesmo tempo. Porque precisam disso para sobreviver, cuidar de tudo priorizando seus filhos!
Até a próxima ...
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