sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Eu tenho um toddler em casa!

Não existe tradução para a palavra toddler do inglês para o português. 
O que é um toddler? Uma substituição para a palavra "criança" quando se trata do período de um a três anos. Por que? Por que nesse período realmente nossos pequenos não são crianças nem bebês e sim, precisam de uma definição específica para eles! Encontramos artigos que as pessoas tratam essa fase como o período de transição como se fosse a adolescência do bebê e digo para vocês: a paciência dos pais é colocada a prova a todo momento.
Eles querem fazer TUDO, sozinhos.
Eles não tem noção nenhuma de certos perigos.
Eles fazem as temidas birras, pirraças e se tornam especialistas em choros públicos.
Eles são exploradores INCANSÁVEIS.
Eles demonstram os sentimentos com mais ênfase e no pacote tem a raiva, frustração e o medo.
Eles querem bagunçar o negócio todo! Vai tudo, TUDO, T-U-D-O para o chão!
Onde eu quero chegar? Cecília se enquadra em todos os quesitos e vou contar umas coisinhas para vocês tentarem amenizar a situação por aí, afinal por incrível que pareça, essa fase também é linda, deliciosa e encantadora!



Não, EU!

"Então faz minha filha! Você quer fazer, faz!" Deixe que eles façam as coisas sozinhas, a maioria delas dá! Do jeito deles, mas dá! Economize os seus "nãos" e tenha panos, papel toalha, roupa extra e o que mais for preciso se isso significar fazer lambreca. Esses momentos podem render boas risadas! Mas e se você estiver com pressa, atrasada e ele está fazendo hora demais, ache outra coisa que ele possa levar com ele, troque pela escova de dente, chave do carro, pote que ele pode tampar ou destampar, qualquer coisa, eles amam tudo! Funciona.

Dá licença!

Toda vez que eu viro um obstáculo para algo perigoso a Cecília vem com a mãozinha, as vezes fofa com um "dá licença", mas até chegar aí era na base de um empurrãozinho mesmo com aquelas mãozinhas como se conseguisse me tirar de onde eu estava. Temos que prevenir acidentes, mas dependendo da situação deixo ela passar um aperto, depois abaixo e mostro o que podia ter acontecido conversando. Eles entendem, podem acreditar em mim! Quando eu falo isso, não é para você usar discursos longos e gastar muitas palavras de seu vocabulário, prenda a atenção deles, com gestos, barulhos, palavras que eles sabem, seja teatral! Por exemplo: "Ai ta quente! fiz dodoi! Dá um beijo?" "Não pode viu? Mamãe machucou, Cecília machuca também!" "Está molhado filha! Você cai! Faz pá!!! Machuca a cabeça! Dá galo!"


Buáááááááááá!

As birras! SEM OOOOR! As birras tiram qualquer mãe do eixo. Respire conte até três e agache! Chegue bem pertinho dele e fale sobre o que está acontecendo e que se ele preferir ficar ali tudo bem, mas que você vai esperá-lo uns dois passos a frente! Deixa, deixa todo mundo olhar! Não dê o que ele quer!  Espere uns minutos, ele não se acalmou, não te procurou, abaixe de novo e pergunte se ele tem certeza que não te quer, vocês podem fazer outra coisa. Se o negócio tiver feio demais procure algo que vai chamar a atenção dele, como se não estivesse ligando para seu comportamento e mais uma vez seja teatral: "Gente! Que legal! Olha Cecília, mamãe achou um macaco! Que lindoooo, vem ver!" E assim depois que tudo estiver mais tranquilo, converse. Explique que não precisa chorar, é importante estimular a comunicação nessa fase por palavras senão a birra irá se estender por mais tempo.

" Quem fez essa bagunça? " "Cecília!"

Mais uma vez, economize os seus "nãos"! Deixa bagunçar e vá arrumando quando dá. O mais importante é você incentivá-lo, sempre que possível, a juntar a bagunça com você. Cheguei um dia na minha cozinha, a Cecília tinha esvaziado três gavetas e estava tudo no chão. E lá estava eu com meu teatro: "Nossa! Quem fez essa bagunça? " Ela não me respondeu. "Foi você, Cecília?" Respondeu afirmando com a cabeça e com um sorrisinho de sapeca. "Não acredito! Vamos juntar" "Não!" "Ajuda a mamãe, vem!" Peguei-a pela mão e nessa hora ela falou que não mais uma vez e ainda me bateu. Segurei as duas mãos, disse que não podia e deixei ela pra lá dizendo que ia juntar sozinha e não queria mais bagunça. Ela me bateu de novo, só olhei para o lado com cara de mãe brava e ganhei um beijo, mas continuei sem ajuda. Resolvi começar a cantar, dar uma de doida guardando as coisas, como se não estivesse nem aí com o fato dela não me ajudar e que era super legal deixar as coisas em ordem. Até que na última gaveta ela me ajudou. Vitória da mamãe! Assim, a cada dia a gente vai subindo a escadinha da obediência, sem querer as coisas para já e sem muita insistência.


Bater, gritar, morder, beliscar...

Cada criança vai se expressar de um jeito. Cecília grita, fala arranhando a garganta e bate. Corrijam! Segurem a mãozinha, falem com firmeza sem gritar e sempre na altura deles, agache ou pegue-o no colo. Logo depois demonstrem como gostam de ser tratados e como as outras pessoas gostam. Dêem beijos e peçam beijos, façam carinho e peçam carinho. Não batam! Não nesta fase. Não digo que nunca vou bater na Cecília, mas vou tentar. Mas nessa fase, especificamente, não! Nós somos os exemplos e eles estão de olho. Eles repetem tudo, prestem bem atenção nesses pequenos. Chega a ser engraçado Cecília me imitando em cada frase, gesto, palavra, morro de rir. Então mamães, cuidado! Eles aprendem rápido demais!


Onde está a parte linda, deliciosa e encantadora?

Quando estou maquiada ela fala "que linda!"
Quando ela está com sono  ela fala "colo mamãe, mimi!"
Quando estamos assistindo clipes de música ela diz  "vem mamãe, dança!"
Quando saímos para o mercado ela carrega uma sacola bem levinha, praticamente cheia de ar, desfilando e diz "moça, sacola!" para a pessoa olhar.
Quando passeamos de carro ela fica "papai, dirigir!" e quando temos tempo ela senta um pouquinho no volante para matar a vontade antes de descermos do carro.
Quando alguma coisa dá errado ela fala "uai!"
Quando ela fala palavras erradas demais é motivo de muito riso. Adivinhem o que é "Peiante"? ELEFANTE!
E por aí vai...
Não vou me estender, porque essas delícias da minha Deliciça são infinitas!




Beijos



Aline Caldas Viterbo

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