quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Infantolatria x Maturidade Precoce


Bom, aqui em casa as coisas tão meio loucas e por isto eu não tinha o que escrever para meu post de hoje até este momento... mas ao abrir o Facebook, uma prima linda que amo muito, compartilhou um link de uma matéria muito bacana (Os perigos da infantolatria) e por incrível que pareça, a matéria veio ao encontro do que a pedagoga da escolinha da Lara conversou comigo ontem! Veio ao encontro, na verdade, do oposto ao que ela falou! Eu explico:


www.guiadobebe.com.br

A matéria sobre a infantolatria fala de um assunto que eu já tinha pensado e que (mais ou menos) norteia os meu atos e pensamentos com meus filhos!

Quando um bebê nasce, ele se torna sim o centro das atenções de uma casa... mas isso tem que acabar depois de completado um ano. Até um ano é o período que temos que decifrar o bebê e ele ainda é absolutamente dependente. Após isto, ele é que tem que se adaptar a rotina da casa... ele tem que aprender a dividir espaço com os adultos e não mandar em tudo!

A psicanalista Márcia Neder resumiu a infantolatria como "a instituição da mãe como súdita do filho e o adulto se colocando absolutamente disponível para a criança". Se a vida passar a girar simplesmente em torno dos filhos, o casal deixa ser a parte mais importante da família (Sim, eu acho o casal a parte mais importante da família, pois se eles acabam, se afastando o relacionamento pode acabar) e o filho passa a ser o "Deus" e a mãe a "Santa" e onde entra o pai nesta história???

Fora os muitos outros riscos, como de o filho não aprender a conviver com as hierarquias e diferenças. Em qualquer lugar que ele tenha que sociabilizar ele terá que respeitar as diversas características das pessoas, e isso fica evidente com a entrada na escola... Ai surgirão dois caminhos... Ou a criança aprenderá "na marra" que terá que mudar seu comportamento e não mais agir como age em casa, ou não mudará e os pais ainda passarão a mão em sua cabeça alegando que o mundo que está sendo injusto!

www.papodaprofessoradenise.com.br

E porque eu contei isso tudo pra vocês?
Além de ser porque eu achei a matéria muito interessante, foi porque é assim que eu penso e assim que criei e crio os meninos... com isto Lara sempre foi assustadoramente independente! Ela está na escola desde os cinco meses e acho que isto contribuiu. Quando ela trocou de escola aos dois anos, não teve problema nenhum... sempre foi pra escola feliz, sem chorar, me dava tchau na porta da escola e tudo. Se comparado aos colegas da sala dela ela sempre foi mais madura, até mesmo porque a maioria estava tendo o primeiro contato com a escola naquele momento e ela já estava dois anos a frente.
Sendo assim, naturalmente, sempre cobramos atitudes dela que condisessem com seu amadurecimento!

Minha Larinha

Eis que na volta às aulas deste ano Lara chora para ficar na escola!

COMO ASSIM A LARA CHORANDO PARA FICAR NA ESCOLA???

Foi a reação unânime de todos os funcionários e professores da escola... E a minha então? Não entendi e nem sabia como proceder. Fiquei muito mal... meio abalada mesmo! Cheguei a me achar culpada... achando que eu tinha estragado minha filha pelo fato de agora estar trabalhando em casa...
Foi ai que a pedagoga me chamou na sala dela e veio conversar comigo.

Ela me disse que esta é uma reação super normal, que eu estranhei muito porque eu tinha projetado nela uma maturidade que ela nem precisa ter! Como ela tem sempre atitudes de crianças mais velhas, quando resolve ter atitudes de crianças de três anos, nós estranhamos!
Porque os coleguinhas da sala dela podem chorar e ela não? 

Lara e Theo no aniversário da Dinda!

Uma vez ouvi uma psicologa da Rádio Band News (Rosely Sayao) falando que o problema das crianças hoje é que elas são crianças... O problema de uma criança de três anos, é que ela tem três anos!!! Veja só!

Estamos sempre esperando tanto que nossas crianças sejam "Super Dotadas" que não permitimos a elas terem a idade que elas tem! As crianças de hoje não estão mais mal criadas, ou mais bagunceiras... elas estão sendo crianças... e nós temos por obrigação permitir que elas sejam crianças e respeitar este momento, MAS sem idolatrar a infância! 

Lara e Theo aproveitando a pracinha!

Ixi... Idolatrar a infância??? Infantolatria???
Agora volte e leia novamente o começo num loop sem fim!

Sim, criação de filhos é muito mais difícil, que qualquer final de campeonato!

E aí na casa de vocês? Como é?
Conseguiram dosar a maturidade com o "ser criança"?
É difícil né? Me conta aqui como está sendo?

contato@mamaesortuda.com.br
Ou só deixa um comentáriozinho mesmo!!!


Beijos e mais beijos!



Thaísa Freitas
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