quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Volta às Aulas e "O Que Vou Ser Quando Crescer"

O que eu vou ser?
Quando eu crescer?
Cantora ou doutora
Advogada ou professora
Ah! Posso ser...
Posso ser cientista, engenheira ou jornalista.
[...]
O que eu vou ser?
Quando eu crescer?
Bombeiro ou esportista
Arquiteto ou economista...



Fevereiro está chegando! É hora das crianças retornarem para a escola.

O que foi aprendido durante esse período de viagens, passeios, festas, atividades e momentos em família? Uma coisa é certa: nossas crianças cresceram (em todos os sentidos) um pouquinho mais.

Quando percebemos que mais um ano letivo vai começar e que nossas crianças vão aprender muitas coisas novas, passar por novos desafios da alfabetização, já ficamos com o coração apertado, pensando se, mais uma vez, vamos dar conta. 

Porque é bem verdade que acompanhar os filhos na escola é como formar pela segunda vez. Reaprendemos o que ficou na nossa infância e absorvemos novos saberes. Claro! O conhecimento está sempre em transformação. 

Meu filho ainda não faz provas na escola, mas vejo algumas amigas e amigos que têm filhos maiores estudado dia e noite ao lado deles para os exames da escola. 

É preciso reorganizar a vida (horários e rotina) para acompanhar os filhos na escola. É um desafio constante! As angústias deles são as nossas. As conquistas deles são as nossas. Até que chega o momento de discutir sobre a profissão. 

É inevitável! Atire a primeira pedra a mãe e o pai que quando seu bebezinho veio ao mundo não pensou de cara "o que será que meu filho vai ser quando crescer?". 





É natural! É tanto amor que a gente só espera que nosso filho seja muito mais feliz e melhor sucedido (em todos os sentidos) do que nós. 

Nestas férias meu filho começou a refletir sobre o que ele vai ser quando crescer. Isso porque ele acabou de fazer 5 anos. 

Um belo dia:

_ Mamãe, estou triste.
_ Por que, filho? O que aconteceu?
_ Eu não sei o que eu vou ser quando crescer.

Se não fosse o olhinho dele cheio de água (porque ele é desses, que quando diz que está triste já está com o olho cheio de água. Eu também sou dessas!) eu iria logo morrer de rir. Nem aprendeu a ler e escrever direito e já quer definir a profissão. 

Só que eu sou dessas que acredita em sonhos. Sempre fiz meus caminhos profissionais, sem deixar que ninguém influenciasse as minhas escolhas. Por isso eu nunca disse (e espero nunca dizer) para meu filho "você tem que ser isso" ou "você vai ser aquilo". 

Só que mesmo em "silêncio" os pais influenciam! Com seu comportamento. Com seus gostos.

O pai é físico e o leva em tudo quanto é atividade científica pela cidade. Tem o pé na engenharia, na astronomia e na robótica. Então é a parte mais Engenharias, Ciências Exatas e da Terra da genética do meu filho. Qual o resultado disso? Ele tem interesse em saber como todas as máquinas funcionam. Os brinquedos preferidos dele são os robôs e ele tem uma vontade peculiar em sair pelo espaço.   





A mãe é da saúde, da pesquisa, do mundo acadêmico, da paixão pelos livros e pela docência. Quem sempre está escrevendo ou lendo alguma coisa. Também quem gosta de danças e músicas. Então é a parte mais Linguística, Letras, Artes e Ciências da Saúde da genética do meu filho. Qual o resultado disso? Ele sempre está deitado por um canto da casa folheando um livro e seus brinquedos costumam "estudar" mais do que o necessário. 




Quando ele disse que estava triste por não saber o que seria quando crescesse, eu comecei a enumerar as profissões e explicar, de uma forma que ele entenderia, a importância de cada uma delas. 

Ficamos dias assim. Discutindo sobre as profissões. 

Recentemente ele sugeriu uma profissão:

_ Mamãe, eu já sei o que eu posso ser quando crescer.
_ É mesmo? E o que é?
_ Eu posso ser aquele moço que vende sorvete para as crianças, porque todo mundo fica feliz quando toma picolé. 

Sempre soube! Ele vai ser de Ciências Humanas ou Sociais Aplicadas. HAHAHA

Bom ano letivo, famílias sortudas!

Nunca esqueçam: é mais feliz quem levanta e vai trabalhar com o que gosta, com o que sente prazer em fazer. Todo mundo tem seu lugar no mundo. O que determina o sucesso de um profissional é o amor alocado em suas mãos, porque é isso que dá o poder de transformação.





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2 comentários:

  1. Nanda, me emocionei com o seu texto! Lembrei da minha criança interior, que queria ser chef de cozinha, escritora e professora! Hahahahaha! O meu irmão queria ser esgoteiro, aquele que trabalha em esgotos! E vivíamos em um mundo de fantasias exercitando nossas profissões. O meu irmão não se transformou em esgoteiro mas hoje carrego muito do que sonhava naquela época! Beijos, Helô.

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  2. Quando eu era criança queria ser astronauta. Mas depois mudei e decidi firmemente virar barbeiro (dos que cortam cabelo e não dos que dirigem mal), talvez porque o que cortava o meu cabelo na época tinha vários brinquedos e ainda deixava todo mundo mais bonito segundo minha mãe hehe.

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