13 meses, 3 mastites e muita superação. Essa é a minha
história - que ainda não chegou ao fim- sobre amamentação. Amamentar é a
experiência mais devastadora da maternidade na minha opinião. Tanto para o lado
incrível dela, da doação, do ser alimento, da troca, do amor, do apego como
para o lado que não te contam – ou pelo menos te contam mas você só descobre mesmo quando vivência. É uma experiência que apesar de poder haver um preparo,
depende de outras variáveis, que não se limita apenas a vontade absurda de
amamentar! Como driblar as dificuldades que encontramos?
Você, recém parida, se depara com um serzinho tão lindo e
dependente, e apesar da gente ter esperado 9 meses por esse encontro, nem
sempre ele é fácil. Demora um tempo para mãe e filho começarem a se entender.
Mas, ao mesmo tempo a vontade de acertar é absurda! Temos que conseguir! A
teoria a gente sabe, o bebê no peito mama. Mas a realidade da vida é outra. O
momento prazeroso que esperamos toda gestação não acontece – pelo menos não
logo de cara- e no lugar dele nos deparamos com dor, cansaços e choro. E nós
querendo muito acertar! E vem a culpa! O que estou fazendo de errado? Por que
isso está acontecendo?
O que eu posso falar pra você que está passando por essa
fase, ou para aquela mãe que ainda vai vivenciar isso? Vai passar! Procure
ajuda, se informe, e tenha calma! E se não ser “certo”? Você foi até o seu
limite, seja ele físico ou emocional. Você. mãe, foi escolhida para ser mãe do
seu bebê porque você é a melhor mãe que ele poderia ter.
Para chegar até aqui, tive muita apoio. Antes mesmo da Isabella nascer houve todo um preparo para a chegada dela, o que incluiu a
leitura de diversos livros, e encontros com profissionais da área. Nossa
família não mora na mesma cidade que moramos, então eu e meu marido decidimos
que gostaríamos de ficar sozinhos com a pequena nos primeiros dias. Ele
conseguiu uma licença de 15 dias do trabalho, e dedicamos esse período para conhecer
a nosso pacotinho. Foi muito importante esse tempo só nosso pois as vezes
aqueles que amamos, tentando ajudar, acabam atrapalhando. Outra coisa que foi
fundamental foi a escolha dos profissionais que nos acompanharam, tanto
obstetra como pediatra são 100% pró amamentação.
Mas isso não me isentou das dificuldades. E quando elas
chegaram, algumas coisas me ajudaram a aliviar as dores e incertezas desse
período:
A primeira coisa foi saber identificar rápido os primeiros
sintomas de mastite, que incluíram febre, vermelhidão no seio e secreção de
pus. As enfermeiras maternidade que ela
nasceu foram verdadeiros anjos que me ensinaram a ordenha manual e massagem.
A bomba elétrica foi uma grande aliada. Eu geralmente
começava a ordenha manualmente pois o seio estava duro, e logo que o mamilo
começava a amolecer eu tirava o restante com a bomba. É importante saber
utilizar a bomba de forma correta para que o seio seja totalmente esvaziado,
evitando assim novos ingurgitamentos (seio duro, cheio de leite).
As conchas de base flexível eu usava durante o dia, e quando
o seio estava ferido era um alívio não deixar o mamilo em contato com o sutiã. O
único ponto negativo das conchas é que como eu tenho uma produção de leite
muito grande, toda hora eu tinha que esvaziar, e cheguei a deixar vazar várias
vezes. Depois que as fissuras sararam por completo eu preferi utilizar os
absorventes de seio.
Junto com as conchas eu usava pomada de lanolina quando o
seio estava fissurado (so tive fissuras nos 15 primeiros dias). O legal dessa pomada é que ela não faz mal
para o bebê, não havendo necessidade de tirar antes de oferecer o seio.
Ao contrário do que pensam, as compressas frias foram
grandes aliadas, junto com as massagens. As compressas quente estimulam a
produção, então após esvaziar o seio eu fazia compressas geladas para evitar
novos ingurgitamentos. Importante ressaltar que só fiz as compressas geladas
enquanto eu estava tratando dá mastite.
Doação de leite foi algo que me ajudou nesse processo. A
maioria das mulheres podem doar, e não prejudica em nada o crescimento e
desenvolvimento do seu filho. É só entrar em contato com o banco de leite de
sua cidade que eles vão até a sua casa buscar. Toda produção excedente foi para
ajudar a salvar vidas, e me orgulho muito de ter sido doadora por mais de 6
meses!
Importante ressaltar que essa foi a minha experiência e vivência, e de maneira nenhuma visa substituir um profissional. Para orientações, dúvidas, consultoria é necessário procurar um profissional
capacitado para isso.
Foto (modelo) : @riosadriana Instagram
Nossa você e um ser abençoado por compartilhar com a gente passei por isso foi horrível e ninguém me explicou nada. Infelizmente só amamentei meu filho 1 mês por pura falta de explicação e os meu familiares falando que meu filho está morrendo de fome. Agradeço por você orientar outras maes para que elas nao sofram como eu sofre. Muitíssimo obrigada. Deus te abençoe grandemente.
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