segunda-feira, 3 de abril de 2017

Amamentação: expectativa, realidade e como driblar as dificuldades?

13 meses, 3 mastites e muita superação. Essa é a minha história - que ainda não chegou ao fim- sobre amamentação. Amamentar é a experiência mais devastadora da maternidade na minha opinião. Tanto para o lado incrível dela, da doação, do ser alimento, da troca, do amor, do apego como para o lado que não te contam – ou pelo menos te contam mas você só descobre mesmo quando vivência. É uma experiência que apesar de poder haver um preparo, depende de outras variáveis, que não se limita apenas a vontade absurda de amamentar! Como driblar as dificuldades que encontramos?
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Você, recém parida, se depara com um serzinho tão lindo e dependente, e apesar da gente ter esperado 9 meses por esse encontro, nem sempre ele é fácil. Demora um tempo para mãe e filho começarem a se entender. Mas, ao mesmo tempo a vontade de acertar é absurda! Temos que conseguir! A teoria a gente sabe, o bebê no peito mama. Mas a realidade da vida é outra. O momento prazeroso que esperamos toda gestação não acontece – pelo menos não logo de cara- e no lugar dele nos deparamos com dor, cansaços e choro. E nós querendo muito acertar! E vem a culpa! O que estou fazendo de errado? Por que isso está acontecendo?

O que eu posso falar pra você que está passando por essa fase, ou para aquela mãe que ainda vai vivenciar isso? Vai passar! Procure ajuda, se informe, e tenha calma! E se não ser “certo”? Você foi até o seu limite, seja ele físico ou emocional. Você. mãe, foi escolhida para ser mãe do seu bebê porque você é a melhor mãe que ele poderia ter.

Para chegar até aqui, tive muita apoio. Antes mesmo da Isabella nascer houve todo um preparo para a chegada dela, o que incluiu a leitura de diversos livros, e encontros com profissionais da área. Nossa família não mora na mesma cidade que moramos, então eu e meu marido decidimos que gostaríamos de ficar sozinhos com a pequena nos primeiros dias. Ele conseguiu uma licença de 15 dias do trabalho, e dedicamos esse período para conhecer a nosso pacotinho. Foi muito importante esse tempo só nosso pois as vezes aqueles que amamos, tentando ajudar, acabam atrapalhando. Outra coisa que foi fundamental foi a escolha dos profissionais que nos acompanharam, tanto obstetra como pediatra são 100% pró amamentação.

Mas isso não me isentou das dificuldades. E quando elas chegaram, algumas coisas me ajudaram a aliviar as dores e incertezas desse período:

A primeira coisa foi saber identificar rápido os primeiros sintomas de mastite, que incluíram febre, vermelhidão no seio e secreção de pus. As enfermeiras  maternidade que ela nasceu foram verdadeiros anjos que me ensinaram a ordenha manual e massagem.


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A bomba elétrica foi uma grande aliada. Eu geralmente começava a ordenha manualmente pois o seio estava duro, e logo que o mamilo começava a amolecer eu tirava o restante com a bomba. É importante saber utilizar a bomba de forma correta para que o seio seja totalmente esvaziado, evitando assim novos ingurgitamentos (seio duro, cheio de leite).





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As conchas de base flexível eu usava durante o dia, e quando o seio estava ferido era um alívio não deixar o mamilo em contato com o sutiã. O único ponto negativo das conchas é que como eu tenho uma produção de leite muito grande, toda hora eu tinha que esvaziar, e cheguei a deixar vazar várias vezes. Depois que as fissuras sararam por completo eu preferi utilizar os absorventes de seio.

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Junto com as conchas eu usava pomada de lanolina quando o seio estava fissurado (so tive fissuras nos 15 primeiros dias).  O legal dessa pomada é que ela não faz mal para o bebê, não havendo necessidade de tirar antes de oferecer o seio.






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Ao contrário do que pensam, as compressas frias foram grandes aliadas, junto com as massagens. As compressas quente estimulam a produção, então após esvaziar o seio eu fazia compressas geladas para evitar novos ingurgitamentos. Importante ressaltar que só fiz as compressas geladas enquanto eu estava tratando dá mastite.




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Doação de leite foi algo que me ajudou nesse processo. A maioria das mulheres podem doar, e não prejudica em nada o crescimento e desenvolvimento do seu filho. É só entrar em contato com o banco de leite de sua cidade que eles vão até a sua casa buscar. Toda produção excedente foi para ajudar a salvar vidas, e me orgulho muito de ter sido doadora por mais de 6 meses!









Importante ressaltar que essa foi a minha experiência e vivência, e de maneira nenhuma visa substituir um profissional. Para orientações, dúvidas, consultoria é necessário procurar um profissional capacitado para isso.


Foto (modelo) : @riosadriana Instagram

Montagem: @comamormaternidade Instagram






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Um comentário:

  1. Nossa você e um ser abençoado por compartilhar com a gente passei por isso foi horrível e ninguém me explicou nada. Infelizmente só amamentei meu filho 1 mês por pura falta de explicação e os meu familiares falando que meu filho está morrendo de fome. Agradeço por você orientar outras maes para que elas nao sofram como eu sofre. Muitíssimo obrigada. Deus te abençoe grandemente.

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