quarta-feira, 17 de maio de 2017

Obesidade na Infância: Vamos ficar bem alertas


A obesidade infantil se tornou um fenômeno epidemiológico. Conforme informações da OMS - Organização Mundial de Saúde - estima-se que no mundo existam 155 milhões de crianças com sobrepeso e entre 30 e 45 milhões de menores obesos. A doença apresentou um salto no Brasil no início dos anos 90 e hoje deve ser considerada como a grande epidemia do século XXI. O aumento desse índice mostra-se preocupante devido às suas consequências econômicas e sociais, chamando a atenção para a necessidade de se desenvolver ações de controle, prevenção e combate à obesidade desde os primeiros anos de vida. 

Neste contexto, considero fundamental falarmos sobre a prevenção da obesidade infantil. A criança obesa deve ser considerada de risco para a manutenção do excesso de peso durante toda a vida adulta, sendo muito importante controlar os hábitos saudáveis de vida, incluindo aí a boa alimentação desde cedo. Uma infância saudável é o primeiro e mais importante passo para este bem-estar. Os alimentos ingeridos no início da vida influenciam na saúde das outras fases e erros alimentares podem causar diversas doenças crônicas não transmissíveis. Hábitos como uma dieta saudável e a prática de brincadeiras aeróbicas ao ar livre, deixando de lado o consumo excessivo de produtos industrializados e o grande tempo gasto em frente ao computador, celular e televisão mostram ser importantíssimos na prevenção da obesidade infantil.

Obesidade na Infância: Vamos ficar bem alertas
Fonte: Trik Sunat


A obesidade, também, está intimamente ligada a fatores genéticos. Em crianças filhas de pai e mãe obesos, a probabilidade destas apresentarem excesso de peso é ainda maior. Esse problema também está diretamente relacionado com várias enfermidades crônicas como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, apneia do sono, problemas ortopédicos, entre outras.

É necessário ressaltar que a prática do aleitamento materno até os seis meses é de extrema importância para controlar esse problema. Deve-se tomar ainda mais cuidado na próxima fase, quando o bebê estiver na etapa de complementação da alimentação, pois este é um ponto crítico devido a cultura da nutrição criada nessa época, que irá determinar, em última análise, a programação metabólica de cada organismo. A introdução deve ser feita de modo adequado, respeitando-se intervalos regulares entre as refeições e a escolha por alimentos mais saudáveis. Estas práticas irão determinar a saúde nutricional da criança e, consequentemente, influir positivamente no seu bem-estar na fase adulta.


Obesidade na Infância: Vamos ficar bem alertas
Fonte: Trik Sunat


O fenômeno epidemiológico da transição nutricional hoje vivido em nosso país aponta para o crescimento da obesidade na infância. Ele ocorre no momento em que nossas famílias têm saído de situação de carência nutricional para o excesso de calorias. Com isso, o percentual de pessoas desnutridas se reduziu em favor da crescente prevalência da obesidade, associada a deficiências seletivas de micronutrientes como a de ferro, zinco e vitamina D. Outro aspecto relevante em relação à obesidade está no fato dela ser a maior responsável pela Síndrome Metabólica, um desajuste no funcionamento celular que afeta vários órgãos e sistemas do organismo, sendo responsável por complicações que diminuem a expectativa de vida das pessoas acometidas. 

Como podemos constatar, as causas ligadas a essa epidemia são variadas. Por isso, torna-se importante estar cercado de ajuda profissional para evitar e tratar o problema o mais precocemente possível. Os malefícios da obesidade são grandes em qualquer fase da vida. Portanto, recomenda-se que a prevenção deve já começar desde o período intrauterino, com uma alimentação saudável para a gestante, e continuar após os primeiros dias do nascimento, para que a criança possa se tornar um adulto cada vez mais saudável.




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