Maio! Mês mágico para nós mamães, não é? Ser mãe é algo indescritível, é amar cada vez mais, mesmo achando que não existia tanto amor no mundo! Mas apenas nós, mães, sabemos como as coisas são nada fáceis.
Quando a gente é filha, a gente ama a mãe e é grata por tudo. Mas quando nos tornamos mães, a coisa muda. A gente passa a entender e a amar cada vez mais. A gente vê como nunca foi fácil. A gente passa dar valor a pequenas coisas, pensando em tudo que nossas mães já passaram por nós, em cada noite mal dormida, cada aperto que passaram, cada ida ao médico.
Algumas mamães só descobrem que "nem tudo são flores" quando
já estão passando por alguma situação complicada e se desesperam (meu caso, rsrs).
Minha filha chorou dia e noite por 4 meses devido a cólica (muitos bebês não têm);
Anninha não conseguia mamar. Como ensinar uma recém nascida a sugar no peito? (a grande maioria dos bebês faz isso naturalmente); Tive mastite grave (contei
aqui)
(muitas mães nem sabem o que é isso)...
Pensando nisso, fiz como no “Dia da sogra” e reuni histórias de várias mamães sobre o lado complicado da maternidade.
Mas lembre-se: cada caso é um caso. Então, não sofram por antecedência, não
se preocupem até o "problema" acontecer, ok?
Relaxe e divirta-se ;)
Relato 1
“O que eu mais escutei durante a gestação foi que minha vida
transformaria após o meu filho nascer... Foram tantos relatos, em sua maioria
pessimistas, que então me preparei para o pior! Quando nasceu, realmente minha
vida se transformou, mas para MELHOR! Descobri o que é o amor incondicional,
que minha mãe tanto falava. Ao longo destes 8 meses, cada fase foi um momento, nada
mais nada menos que de adaptação.
Tive um parto normal, que segundo minha médica, foi super tranquilo.
Consequência disso foi um Pós parto maravilhoso. A Mamada foi mais
complicada mas, nada como o tempo para transformar algo doloso no momento mais
prazeroso da vida! Cólica, felizmente não posso falar deste assunto porque não
sei o que é isso... Acordar durante a madrugada, deixei de saber o que é isso
desde quando meu filho tinha 2 meses... Levar para dar vacina: contei com uma
super equipe para fazer isso (marido, mãe e primo)... Alimentação, comeu de
tudo e não recusou e não teve alergia a nada... Retorno ao trabalho, fui super
feliz pois amo o que eu faço e voltei contando com uma estrutura, mãe e Sissi (hoje
meu braço direito, cuidou do meu marido quando pequeno e está na família há
mais de 30 anos)... Primeira gripe: nada como uma maravilhosa pediatra para
ajudar a mamãe de primeira viagem aqui a passar pelos piores dias ao longo
destes meses... Nascimento do dentinho: quando vi, já tinha dois lindos
dentinhos naquela boquinha babona mais linda do mundo... E os meses foram
passando..
E o fator mais importante, que contribuiu para o sucesso de tudo isso,
foi o companheirismo do meu marido. Além disso tenho um pouco de "Poliana"
em mim Rsrsrs. Busquei ver o lado positivo em tudo! Então as coisas foram
fluindo naturalmente...”
Relato 2
"Para mim o "nem tudo são flores da maternidade" é a
paternidade ser! Rsrsrsrs. Acho um absurdo nós, pelo ao menos no meu
caso, nos desdobramos para dar conta de tudo. Outra coisa é o fato de a vida social e
profissional do pai voltar ao normal com tanta rapidez e a nossa não.
Também sinto muita falta de ter momentos só meu, ler um livro, ir ao
banheiro, etc."
Relato 3
"Pensando sobre o “nem tudo são flores” que vivo, sofro
por não ter dado o devido valor à minha mãe. Ainda dá tempo, não é?! Ela precisa saber o que penso e sinto!"
Relato 4
"O
mais difícil para mim é não dormir. Quando meu filho dorme, tenho mil coisas
pra fazer. Acabo dormindo tarde. Quando ele acorda, eu tenho que acordar também
e descansei nada. Sem contar quando acorda de madrugada. Se o pai ajuda? Não.
Dorme quando e quanto quer."
Relato 5
"A
barriga, né gente? Que coisa horrorosa. Nunca mais voltou ao normal. Ah, é pra
falar sobre o filho? Meu filho é um fofo, dá trabalho, mas aguento bem porque é
menor que o trabalho que o pai dá. Até faz menos bagunça que o pai... Sem
contar que o filho apornta e ele me chama. Já cansei de falar que ele é pai e
pode chamar a atenção também, não tem que me gritar pra tudo. Tenho duas crianças
em casa e não sei qual me deixa mais cansada..."
Relato 6
"Nem
tudo são flores mesmo. É cansativo, nos cobramos 36 horas por dia nos 10 dias
da semana. Ironia à parte, mas é prazeroso, ah isso é. Quem não gosta de ser
acordada com um belo sorriso e um abraço e um abraço confortante? E as pe´rolas
que falam, nos dias que estamos mais estressadas e arrancam aquela risada escondida?
Ah, cansativo sim, fácil não é. Mas não troco essa experiência por nada na
minha vida."
Relato 7
"Meu
lado nem tudo são flores é que me sinto sobrecarregada e ás vezes é difícil
conciliar a atenção para duas crianças. Se não nos policiarmos, acabamos dando
mais atenção para um que para o outro."
Relato 8
"Eu
só queria ir ao banheiro e tomar banho sozinha. Até hoje é difícil e, quando consigo
tomar banho sozinha, não posso demorar muito porque o filhote vai no banheiro
perguntar se está tudo bem."
Relato 9
"Perguntar
se está tudo bem ou se está no Face? Eu já finji estar fazendo o número 2 e
ficar com o celular pra ter um pouco de sossego. Aí ele fala que não vai entrar
porque vai feder. Passo mal de rir."
Relato 10
"Preconceito e discriminação. Quando vou procurar emprego e perguntam se tenho filho, já sei que a vaga não será minha, mesmo eu sendo mais qualificada."
Relato 11
"Concordo: preconceito e discriminação. Um "pai solteiro" refaz a vida facilmente. Uma "mãe solteira" vive sozinha. Em partes por medo de colocar outra pessoa para viver com seus filhos e em partes porque os homens não costumam levar a sério mulheres que têm filhos".
Relato 12
"Me tornar mãe agora não
estava nos planos, foi uma daquelas surpresas de tirar o chão e cair bem fundo
na incerteza do que estava por vir. Tenho a ilusão de que
quando se segue a ordem que nos são ensinadas desde a infância: casar e ter
filhos, seja mais fácil assimilar. O que quero dizer é que a maternidade por si
só, desde o teste positivo, já é um turbilhão de dúvidas e descobertas. Então ter tudo a sua volta lhe traz apoio e segurança, a maternidade pode ser uma linda
roseira, pois os espinhos não deixarão de existir, mas o que ficará na memória
são as cores das rosas.
Sempre amei crianças, mas
não estava pronta psicologicamente para ter uma. Meus planos eram resolver o
relacionamento, mudar de cidade e investir dedicação e dinheiro no meu projeto
profissional. Aí vários testes positivos disseram que esses planos não mais me
pertenciam agora.
A gestação não foi
turbulenta, lógico que não foi tranquila porque a Zika tinha sido recém
descoberta e até meu filho nascer não houve um dia se quer que não tive medo.
Pra mim a melhor parte foi imaginar todos os dias como seria o rostinho dele,
comprar as roupinhas e imaginar o recheio delas. Mas vou logo dizendo, não
tenho nenhuma saudades da barriga, da sonolência e das enxaquecas. É! Fui
premiada com essa enfermidade atípica no período gestacional.
Queria parto normal,
porém foi cesárea, não me importava com ele ia nascer só queria que corresse
tudo bem com a gente. Eis que o vi pela 1ª vez, chorei de emoção, mas não sei
dizer se já era amor.
Fomos para casa e ali sim
a realidade de ser mãe começava, eu não tinha nenhum familiar com quem pudesse
dividir esse momento ao longo do dia, contratei uma senhora que me ajudou nas
três primeiras semanas, se não fosse por ela, não consigo imaginar o que teria
sido de mim.
A parte do nem tudo são
flores, ah vem com tudo agora: é choro do bebê com fome, choro da mãe ao
amamentar, choro do neném com cólica, choro de desespero da mãe, choro do filho
pra dormir, choro da mãe exausta e com sono, choro do bebê porque está fora do
ventre e da mulher que morreu pra nascer uma mãe. Choro, choro, choro...não sei
quem mais chorou, se foi ele ou eu. Cheguei a pensar que estava com depressão
pós parto, porque eu só chorava e quando não estava chorando é porque
disfarçava pra ninguém falar que eu era fraca. É minha gente, entender a
fragilidade de uma recém mãe não é para qualquer um, os hormônios e o apoio que
cada mãezinha tem é que irá determinar a intensidade do choro.
Aceitar que você não tem
mais o tempo que tinha pra si e que um ser depende de você 24h, pra mim não foi
fácil. Não tem aquela frase “ser mãe é padecer no paraíso”, pois é, entendi
cada letra dela. Teve horas que o cansaço e desespero de não ter um minutinho
pra mim era tão grande que não sabia dizer se aquele amor todo pelo filho
existia em mim.
Foram cinco meses sem ver
a cor das flores, assim que a cólica se foi meus dias passaram a ser melhores,
no mesmo período ele começou a comer papinha de frutas e dormir melhor. Nesse
momento um outro bebê nasceu e uma mãe também. A partir dali ficou mais fácil,
comecei a curtir a realidade. Nem sei se a mudança deve se ao fato das cólicas
terem terminado, acho que na verdade nós dois nos adaptamos um ao outro, a vida
e nossos dias ficaram mais leves. Hoje vejo que o amor foi crescendo pouco a
pouco e cada vez ficando mais em evidência quando os cuidados e obrigações
deixaram de ser tão pesados pela inexperiência como mãe.
Ele está prestes a fazer
um ano e tenho muito a comemorar, não só pelo um aninho de vida em nossos
braços, mas também pelas minhas conquistas. Temos tantas aventuras e
descobertas pela frente e nessa jornada ele vai se descobrindo filho e eu
aprendendo a ser mãe.
Vocês devem estar se
perguntando sobre o pai. Acredito que para ele também não tem sido fácil, mas
ele tem se saído muito bem, me ajuda nos cuidados com o pequeno, é muito
carinhoso e tem estado ao nosso lado.
Não poderia deixar de dar
algumas dicas:
- Na amamentação é normal ser doloroso no início, o meu martírio durou em torno de 15 dias. Mas não desista! Procure um banco de leite que eles irão te ajudar.
- Precisamos de toda AJUDA, então não dispense nenhuma. Nem todo companheiro é muito participativo, se para nós a ficha demora um tempinho pra cair, imagine pra eles. Mas não se engane, a responsabilidade maior sempre fica com a mãe, não ache que ele vá se dedicar tanto quanto você.
- Por mais difícil que seja o início, lembre-se que tudo passa. O trabalho nunca vai deixar de existir, só vai mudar o tipo, porém você estará preparada para lidar com as situações que surgirem.
Dia das mães é todo dia
A gente sabe bem que devemos ser valorizadas diariamente e não apenas uma vez ao ano.
Então, que tal presentear sua mãe com imagens que mostram como ela te ajudou a ser quem você é?
Basta colocar uma fotinha da sua mãe aí!
Olha o que fiz para a minha mãe:
Divida sua experiência com a gente!
Para você, qual a parte "nem tudo são flores" da maternidade?
Para você, qual a parte "nem tudo são flores" da maternidade?
@minhas24horas |
Mais um lindo texto de um momento nada tão tranquilo, mas prazeroso. Amei o texto..❤❤😘😘
ResponderExcluirObrigada, flor! Fico muito feliz por ter gostado do texto. Ser mãe é mágico, mas só a gente sabe como é "por trás das câmeras", hehe.
ExcluirBjim