Sabe aqueles filmes sobre mãe que te faz pensar bastante? Este é um deles. Mas também me fez rir muito! "Perfeita é a mãe" divide opiniões (inclusive a minha, já que achei algumas partes superficiais e forçadas, mas a essência dele é bem boa).
Quem é mãe sabe o quão difícil é assumir este papel. Trabalhando fora, é pior ainda! E este filme é sobre Amy, com sua vida "perfeita", bom emprego, mãe dedicada, cuida de todos (casa, marido e filhos), menos de si mesma. E, como é o esperado, está prestes a surtar com o excesso de trabalho e responsabilidades.
Cena de "Perfeita é a mãe" |
* Contém Spoilers *
No início do filme, explicam quem é Amy. Logo no início dizem que ela "chora no carro uma vez por semana por se julgar uma péssima mãe". Quem nunca? Na correria do dia a dia, damos menos atenção aos nossos filhos a cada dia que passa.
Eu chego em casa às 19h e às 22 é hora da filhota ir para a cama. Tento brincar, dar atenção, passar tempo com ela. Mas também preciso cozinhar, lavar roupas, lavar louças, organizar e limpar a casa, arrumar mochila para a escola... Por mais que eu me esforce, não consigo dar o carinho e a atenção que ela merece e precisa. Ela me chama, chora pedindo colo, fica manhosa, faz coisas para a chamar a atenção... e o sentimento de "pior mãe do mundo" aparece.
Amy e os filhos |
Ser uma mãe perfeita atualmente, significa praticamente abdicar de suas vontades e viver em função dos filhos. Tem que levar e buscar na escola, levar e buscar em atividades extra curriculares, sempre aparecem coisas prejudiciais, doenças novas, dietas saudáveis, proibições... Temos que ser cada vez mais atenciosos e rigorosos com relação aos hábitos dos filhos e, com o excesso de cuidados, os filhos são menos independentes do que nós éramos.
O filme mostra mulheres independentes e trabalhadoras que precisam cumprir a tarefa de mãe-dona-de-casa, sem a ajuda dos pais-maridos, ficando sobrecarregadas em ambos os departamentos. Porém, com a descoberta de um segredo do marido, Amy decide acabar com o casamento. Então, em uma atitude para mudar de vida, ela se une a duas outras mães estressadas (Kiki e Carla), decidem que não concordam mais com essas "regras" de mães e decidem se rebelar, embarcando em uma jornada para se libertarem da vida convencional e sufocante (em algumas partes pareciam adolescentes loucas e irresponsáveis, o que ficou meio fora do contexto, mas foi engraçado ver).
O que pode ser visto no filme também é um grupo de mães "certinhas". Sabe aquelas mães que são invejáveis? Claro que elas também estão lá, para acabar mais ainda com a gente.
Adoro fazer bolinhos e pães saudáveis, sem açúcar, sem farinha... mas não consigo fazer sempre (hoje mesmo mandei pão comprado na padaria com patê de lanche pra minha filha). Essas mães certinhas, jamais fariam isso (e tem cena engraçada no filme sobre comida de filhos).
Assim como eu não tive tempo de fazer algo saudável para minha filha, algumas mães também não têm. E essas mães (Amy, Kiki e Carla), não estão atrás apenas de diversão ao se "rebelarem". Elas querer reconhecimento por seu duro trabalho dentro e fora de casa. Querem ser reconhecidas pelos seus maridos, filhos e pela sociedade.
Outra coisa que me fez pensar, foi que, no filme, as mulheres são rotuladas: a mãe atrasada, a mãe submissa, a mãe vulgar, a mãe dócil, a mãe controladora... No mundo real também temos rótulos e padrões. As mulheres não precisam se libertar e fazer loucuras de adolescentes "rebeldes sem causa", mas temos que fazer valer o slogan “Lugar de mulher é onde ela quiser”!
@minhas24horas |
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