quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Se você não é a mãe, então entenda!


Se você não é a mãe, então precisa entender!




A mãe pode e vai reclamar do filho, mas se você for falar mal dele... Ah! Esteja pronto! Porque ela vai incorporar o leão.

Não fale que as roupas da criança estão apertadas, que não servem, que a criança cresceu e que ela precisa comprar roupas para a cria... Logo com a mãe? Você acha que ela não tem um adesivo de crescimento pregado na parede do quarto? Que ela não fica louca para levar ao pediatra e ver a caneta dele fazendo aquele pontinho na curva de crescimento na caderneta da criança? Já percebeu que a mãe sempre sabe o número do calçado e o tamanho das roupas sem que a criança esteja por perto pra medir? Então você realmente acredita que ela não sabe que a roupa está ficando pequena?

Não! Você não pode dar guloseimas ou outra coisa da "lista de restrições" e se der vai ter briga sim. Só não olhe torto se a mãe der em mãos um brigadeiro para a criança numa festinha de aniversário.

Não venha perguntar "até hoje não levou essa criança ao hospital?" quando uns catarrinhos ficarem te incomodando. Quantas vezes você acha que essa mãe já esteve em um hospital com essa criança desde o dia em que ela nasceu? Conseguiu pensar num número? Vixi! Está errado! Porque até a mãe já perdeu a conta. Vamos tentar? Pelo vômito no meio da noite, pela febre que não passou com remédio, pela falta de apetite, pelo dedo que agarrou em alguma coisa, pelo tombo, pela batida de cabeça, pela crise de asma, pela gastroenterite, pela intoxicação alimentar, pela pneumonia, por N tipos diferentes de alergia, pela escola que ligou no meio do dia mandando buscar a criança, pela dor para urinar, pelo olho vermelho, pela amigdalite, pela otite, pela bronquite, por todos os tipos de ITE e até pelo catarrinho que te deixa incomodado. Acredite (e sei que isso é impressionante): uma mãe sabe a hora de levar seu filho para o hospital!

A mãe vai falar do cabelo, vai falar que está bonito, que precisa cortar, que quer manter, que vai mudar, alguma coisa ela vai falar! Só não vá naquela foto antiga comentar "adorei o cabelo dele assim", referindo ao cabelo atual que você não gosta, porque aí, querido amigo, vai ter textão sim! 

Já percebeu que a culpa é sempre da mãe? 

"Cadê a mãe desse menino?"
"Esse menino não tem mãe?"
"Parece até que não tem mãe!"
"Sua mãe não corta seu cabelo?"
"Sua mãe não compra roupa para você?"
"Sua mãe não te deu educação?"
"Filho sem mãe!"
"Filho da mãe!"

A mãe, a mãe, a mãe... Sua mãe, sua mãe, sua mãe...

É um saco essa cobrança sem fim da mãe. Raramente você vê alguém perguntando se o pai não vai comprar as roupas, se o pai não vai levar ao hospital, se o pai não vai dar educação... É a nossa sociedade machista achando que a mãe é a total responsável pelo cuidado e educação. 

Por que, ao invés de ficar falando na cabeça da mãe que as roupas estão curtas, você não dá uma roupa para a criança? Já pensou que essa mãe pode estar com dificuldades financeiras? Por que, ao invés de perguntar se ela não vai levar a criança ao hospital, você não se dispõe a levá-la ao hospital no seu carro ou fazer companhia? 

É muito mais fácil julgar, colocar a culpa na mãe do que se colocar em seu lugar, do que procurar saber se algo está acontecendo, se ela está precisando de ajuda. A mudança começa sempre na gente e na forma que olhamos para o mundo.

Mais amor!!! Mais sororidade!!!

E eu sei que tem pai que se comporta dessa mesma forma, como se fosse alguém estranho que só está ali para apontar o dedo para a mãe. Amigo, assume seu papel de pai! Não é ajuda, é obrigação! É seu compromisso com seu filho!

Por que tudo isso? Porque se você não é a mãe, então precisa entender: há coisas que não devem ser ditas às mães. Se você não pode ajudar, então não tente ensinar uma outra maternidade para essa mãe.





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