Entrei no consultório do ortopedista e relatei dor no pulso. Ele nem me olhou e perguntou: "Qual a idade do seu filho?". Claro que não entendi a pergunta, mas respondi que ela tinha 7 meses. Então, ele me explicou que todos os sintomas que eu tinham se relacionava à "tendinite da gravidez".
Pesquisei bastante e descobri que a tendinite, tenossinovite ou síndrome
de De Quervain é uma inflamação na membrana que recobre o tendão do punho, conhecida
como bainha tendinosa (estrutura que forma pontes ou túneis entre as
superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões). O processo
inflamatório da bainha causa a diminuição do seu espaço, comprimindo os tendões.
Resumindo: dói!
Resumindo: dói!
Embora
a tendinite de De Quervain esteja associada a movimentos repetitivos do punho e
da mão (qualquer atividade como jogar tênis, mexer no celular ou pegar num bebê),
lesões, distensões... também existem outras condições que predispõe ao
desenvolvimento desta inflamação, como a gravidez, o puerpério, diabetes, gota, hipotireoidismo,
artrite, tuberculose, reumatismo, alterações hormonais, distúrbios imunológicos...
Mas, em muitos casos, não há uma causa bem definida.
Bem,
tenho hipotireoidismo e a gravidez causa alterações hormonais. Juntou os dois e
eu descobri uma doença nova! Rsrssrsrs
A
maioria dos casos atinge mais frequentemente a mão
dominante. Porém, não raramente, a síndrome de De Quervain pode ser bilateral
(atingindo as duas mãos, como foi o meu caso).
O
principal sintoma da tendinite de De Quervain é a dor, podendo ser acompanhada
de inchaço e dificuldade de realizar movimentos.
Com
o avanço da doença o paciente tem dificuldade para segurar objetos que exijam a
posição de pinça do polegar (torcer roupa, abrir porta, abrir latas, segurar
xícara, segurar um bebê...)
Certa vez, meu marido estava no banheiro e minha filha rolou na cama. "Dei um peixinho" e a peguei no ar, pouco antes que caísse no chão. A peguei e comecei a gritar pelo meu marido, pois eu simplesmente não conseguia segurar minha pequena.
Em outra ocasião, a joguei no sofá, por não ter força para sustentar o peso do corpinho. Tentei pegar, não consegui e a joguei no sofá pra que não caísse no chão.
Sem contar as inúmeras vezes que tive que pedir que a pegassem e me entregassem no colo, comigo sentada.
Diagnóstico
O diagnóstico da
tendinite de De Quervain é essencialmente clínico e o médico identifica a
potência dos movimentos e a intensidade da dor. E confesso, que é bem doloroso.
O médico apalpa (dói muito só de encostar), segura o polegar e faz uns
movimentos com ele e com a mão, dobra o polegar na palma da mão, dobrar os
dedos para baixo em cima do polegar e vira o punho para o lado do dedo mindinho...
Resumindo, dói!
Dói
tanto que às vezes sentimos no antebraço e até no cotovelo, ficando mais difícil
para nós sabermos exatamente de onde vem a dor.
A tendinite
de De Quervain tem cura com o tratamento adequado e o tratamento é mais
eficaz se realizado nas primeiras 6 semanas após o inicio os sintomas.
Portanto, começou a sentir dor, corre para o médico!!!
Tratamento 1:
A
primeira coisa a ser feita consiste na eliminação da inflamação dos tendões
afetados: o médico costuma prescrever medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios,
proporcionando assim alívio da dor e recuperação da mobilidade e da função.
Tratamento 2:
Está
junto à medicação: consiste em fazer repouso de atividades que desencadearam a
doença. Para facilitar esta tarefa, podemos recorrer ao uso de tala, cinta ou
até mesmo gesso, imobilizando o punho e o polegar. Como os movimentos ficam
limitados, favorece a recuperação.
Tratamento 3:
Um
tratamento pode ser feito com um fisioterapeuta para aliviar os sintomas,
fortalecer o músculo e limitar a irritação do tendão. Mesmo aliviando a inflamação,
raramente a fisioterapia é eficaz de forma isolada. Portanto, costuma-se
repetir os tratamentos 1 e 2 durante o tratamento fisioterapêutico.
Tratamento 4:
O
médico pode optar por fisioterapia, infiltração ou os dois.
A
infiltração local (injeções) com corticoides podem ser aplicados na bainha do
tendão para que haja a redução do inchaço.
Fiz
infiltração nos dois pulsos e não senti dor. Fui ao pronto socorro (em um
médico especialista em cirurgia de mão indicado pelo ortopedista que eu havia
ido) com minha filha de 7 meses. Conversei com ele, falei tudo que já havia
feito (incluindo remédio e imobilização) e ele optou por este procedimento.
Enquanto
uma enfermeira cuidava da Anninha, o médico aplicou anestesia e depois o corticoide.
Então, enfaixou meus pulsos e pediu repouso (me proibiu de segurar a filhota no
colo). Como estava só nós duas, de ônibus, pedi a enfermeira que a prendesse em
mim com o sling (ainda bem que o levei) e fui caminhando até onde meu marido
trabalha. De lá para casa, ele ficou com ela e teve que cuidar dela nos dias de
repouso. Eu a pegava apenas para amamentar, apoiando nos braços.
Tratamento 5:
Quando
a dor persiste após o período tratamento ou nos casos com grave comprometimento
das atividades diárias, a cirurgia é o tratamento de escolha.
O
médico sugeriu que eu fizesse, já que não estou 100% recuperada, mas como eu consigo
fazer todas as minhas atividades, preferi não fazer. Ele me explicou que a
cirurgia consiste em abrir a bainha fibrosa por onde os tendões passam, liberando
a pressão para que o tendão possa deslizar livremente, acabando com a inflamação
e com a dor.
Ele
disse que a cirurgia é bem simples e rápida, com poucos riscos. Os pontos e a
imobilização costumam ser removidos entre o 10º e o 12º dia de pós-operatório. Após
isso, o paciente deve regressar progressivamente às suas atividades normais. A
fisioterapia pode ser útil para fortalecer o músculo e evitar futuros
problemas.
Agora, grávida pela segunda vez, me arrependo de não ter feito a cirurgia. Os hormônios começaram a mudar e já estou sentindo mais dor e dificuldade nos movimentos. Estou com muito medo de ter problemas para cuidar do novo bebê, problemas maiores do que tive na primeira gravidez...
Mas agora, tudo que resta a fazer é esperar!
Apareceu um "ovo" durante a segunda gravidez |
Atenção!
NUNCA se
automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um
médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do
tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico.
@minhas24horas |
Ola!! Vc operou ???
ResponderExcluirNão precisei. Durante a segunda gravidez, fiquei muito mal. Depois que ela nasceu, doía e eu tinha dificuldade em fazer algumas coisas. Agora, 6 meses após o nascimento, está super tranquilo e praticamente não sinto dor!
ExcluirQuantos dias teve em repouso depois da infiltração? Depois desses dias em repouso ficou logo boa e a poder fazer tudo com a mão? Estou com o mesmo problema e queria saber se avanço para a infiltração..
ExcluirAcabou que eu tive que fazer de novo, mês passado (devido a segunda gravidez). Nas duas vezes fiquei 3 duas de repouso e melhorou muito rápido!
ExcluirHoje sinto nada. É como se nada tivesse acontecido.
Estou com o mesmo problema que você. O que vc fez pra melhorar e não precisar operar?
ResponderExcluirEntão, às vezes ainda dói, mas está sob controle. A infiltração super ajudou.
ExcluirTomei uma injeção no punhoe foi otimo. 8 meses depois voltou e esqueci o nome dela.. cm essa pandemia naonbou sair para ir ao médico. Se alguem souber qual é a injeção. Me avise porfvor. Obrigada
ResponderExcluirA injeção no punho que tomei eles chamaram de infiltração. Pelo que o médico disse é um corticoide para diminuir a inflamação. Não sei se foi a mesma coisa que vc tomou...
ExcluirOlá! Fez a operação? Como foi? Tudo certo agora?
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