Tenho uma amiga (Dirlene) que é uma excelente fonoaudióloga, especialista em linguagem pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia. Ela atua no atendimento a crianças com transtornos no Desenvolvimento da Fala e linguagem, Deficiência intelectual, Autismo, Síndrome de Down, Dificuldades de Aprendizagem e no suporte à em Inclusão Educacional através de orientações, consultorias, palestras e assessorias.
Como dia 02 de abril é dia o mundial da conscientização do autismo, pedi a ela que escrevesse um texto sobre o tema. Vamos conhecer mais sobre o assunto?
"Autismo: um transtorno que se manifesta através de prejuízos na interação social, comunicação, interesses restritos e comportamentos repetitivos.
Nos últimos anos muito tem sido falado sobre sinais e características do autismo e observamos um crescente interesse das pessoas pelo tema, que vem sendo retratado em diversos filmes, além de matérias em diversos jornais e revistas.
Pais, terapeutas, cientistas e diversos profissionais tem apresentado um esforço frequente para que o tema seja discutido em busca de serviços especializados, programas de intervenção e diagnóstico precoce e temos de fato alcançado conquistas importantes.
Parte do consultório |
Hoje quando falamos da conscientização do autismo, precisamos levantar de fato essa bandeira, não ficarmos restrito a falar sobre sintomas, causas e tratamentos, mas abrir os olhos da nossa sociedade para as potencialidades e necessidades específicas dessas pessoas.
O diagnóstico e a intervenção precoce têm possibilitado mudanças importantes no cenário do autismo, tanto no que se refere aos sintomas e níveis de desenvolvimento, quanto à inclusão destas pessoas na sociedade.
Hoje já vemos pessoas com Autismo, Síndrome de Down, Deficiência auditiva, e outros transtornos conquistando lugares no ensino superior e mercado de trabalho e embora ainda tenhamos um longo caminho a ser seguido/construído, acredito que estamos cada vez mais próximos dessa realidade.
Fica cada vez mais claro que essas pessoas precisam ser trabalhadas a partir das suas características individuais. Uma criança sobrecarregada sensorialmente ou que não consegue regular suas emoções tem necessidades muito diferentes de uma criança que já está bem organizada.
Mais um pedacinho do consultório |
Percebo que as pessoas estão cada vez mais dispostas a buscar formas de favorecer a inclusão, as crianças estão aprendendo a respeitar os colegas com necessidades específicas, entendendo que eles também querem brincar, mas que podem ter um jeito diferente. As famílias têm conseguido estabelecer parcerias importantes com as escolas, e cada dia mais engajar as crianças na proposta da inclusão, ajudando-as a entender porque o coleguinha ainda não fala, tem necessidade de buscar certos movimentos ou brincar de um jeito especifico.
Muito do que aprendemos, acontece pelo meio social, e quando existe algum transtorno que dificulta a interação da criança com as outras pessoas, podemos ter um prejuízo no desenvolvimento cognitivo, intelectual e social como um todo. Muitos estudos apontam que a atenção compartilhada é uma habilidade chave no desenvolvimento destas crianças, e é a partir dessa interação com outro que a criança vai conseguir expandir suas habilidades.
Quando conseguimos entender as causas destas dificuldades e propomos novas soluções e estratégias que favoreçam esta interação, a criança consegue expandir muito seu nível cognitivo, intelectual e de relacionamento social, e isso traz novos aprendizados, fazendo com que a criança avance cada vez mais etapas. A partir do momento que buscamos essas novas possibilidades, nós estamos trabalhando para uma sociedade mais inclusiva e tolerante. "
Dirlene Moreira |
Contatos da Dirlene:
Espero que tenha ajudado!
@minhas24horas |
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