Porquê? Porque eu sou de verdade!
Simples!
Eu sou a Aline que vocês lêem aqui, em cada vírgula. Compartilhar a minha prática que prioriza sim a maternidade, empreendendo em todas as oportunidades que abraçamos com o Mamãe Sortuda, esgota! As pessoas ignoram o quão exaustivo é o cuidado dos filhos talvez porque seja mágica e sortuda essa oportunidade em tempos de uma terceirização necessária dessa responsabilidade.
Durante a minha gravidez meu pai passou por duas cirurgias de risco, eu vim de Natal para BH as pressas, com uma filha na barriga e outra nos braços, lacrimejando e correndo pelos aeroportos e suas conexões. Porque? Porque ele é meu pai! E eu não coloco absolutamente nada acima da minha família. Tomei certos cuidados mas foi impossível seguir todas as recomendações médicas.
Da última, estava em BH com 29 semanas, melhor ter ficado e ganhado a Antonela em BH então! Claro! Assim ficaria tranquila de não ter que voltar as pressas de novo para BH se alguma coisa acontecesse com meu pai novamente. Não! E meu marido? Ele é o pai! É a filha dele! Pegar um avião com bebê de um mês também estava fora de cogitação! Vou ter Antonela em Natal! Antes, preciso deixar tudo o que meu pai precisa organizado e enchê-lo de livros porque eu não vou estar aqui para cuidar dele! Assim fiz, assim fui!
Pari em Natal! Desde o nascimento da Antonela não deleguei a Cecília, compartilhávamos o cuidado das duas, mas eu não dormia quando Antonela estava dormindo, eu ia até Cecília! Ficava com ela! Eu tentei me dividir em duas, meu corpo estava dando sinais de que não estava legal ficar sem dormir! Mas nada que uma boa alimentação não dê conta! Sou fera nisso! Vou fazer minhas misturebas e dou conta de dormir pouco! Mãe não dorme mesmo, né? Deu ruim!
Antonela good vibes total! Toda fofa. O que achei? Podia abraçar o mundo! Eu e meu marido começamos a fazer um curso de investimentos, comprei uma máquina de costura, aproveitar né? Que sou SÓ MÃE de duas, não tenho empregada, não tenho babá e vou realizar meus sonhos, ter soluções financeiras para Deus e o mundo e me preocupar que todos os meus amigos também façam o curso!
Fui! E pifei!
Pifei tendo ideias revolucionárias para o mamãe sortuda, preocupada com os casos de encefalites em Natal e sem o meu marido em casa há quase duas semanas, quando ele chegava só para dormir e desmontava!
Que susto! E o que eu penso hoje, depois do susto é: Não façam isso com vocês! Respeitem a chegada do bebê! Respeitem o que o nosso corpo passa para gerar vida! Busquem uma rede de apoio de verdade, para você! Escutem o seu coração como eu, mas preste atenção se o seu coração não te coloca em último lugar.
Sou mais uma deprimida sem estar deprimida. Dessas depressões modernas do mundo acelerado. Graças a Deus eu não rejeitei a minha filha, não rejeitei meu marido, mas a apatia, o conformismo, nunca foram meus. Quando eu falo que eu sou uma insentona em N assuntos, não é porque eu sou puxa saco, acomodada, normalmente eu sou a do contra! Eu gosto de conversas que fazem a gente pensar! As vezes descordo para aprender mais! Questiono.
No fim, meu pensamento estava gasto demais! Assim defini o meu quadro, segundo meu médico! Gastei o que devia e o que não devia! Se eu me deprimi? Não! Mas refleti!
Eu tenho dois braços, duas filhas, duas irmãs, pai, mãe, avós, tias, primos, sobrinhas, amigos de verdade... então mundo, me desculpa! O meu abraço em você, uma vontade legítima,fica para depois! Não faz sentido algum pra mim largar os meus para isso, já que agora eu posso e preciso ser presente para alguns.
Tudo é questão de prioridade! A minha eu sempre soube, só me perdi em meio as cobranças externas que acabam de receber a minha banana do amor! Uma invenção minha para o seguite: você faz o gesto consciente, não como ofensa, mas como um basta! Um basta para o que você não quer, para o que não faz sentido, para o que nunca foi seu. É o gesto do poder, do seu direito!
Hoje eu não posso fazer tal coisa porque estou em Belo Horizonte e faço questão de ir sondar como está sendo o almoço na casa da minha avó! Ensinei online que podemos ter uma alimentação melhor, mas se a minha vó está precisando de mim para isso e eu não tenho a capacidade de ir até lá para motivar, lavar as folhas e guardar sequinhas, fazer legumes de formas diferentes e criativas para ela, e mostrar que ela é capaz, não tem like miga, que me faça feliz, que me faça realizada! Já que sucesso é algo bem relativo.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigada!
Volte sempre!