A cidade de Dom Joaquim

Há tempos gostaria de escrever sobre a cidade da vovó Ana. Minha bisavó, que eu conheci tão pouquinho, até que Deus chamou ela pra morar com ele e com vovô Sebastião. Mas nos deixou riquezas, ensinamentos e tantas lembranças para matar um pouquinho da saudade toda vez que visitamos aqui. 

E eu que sempre gostei de viajar em família, fazia tempo que não colocava Dom Joaquim (que faz parte da Estrada Real) em nossa rota. Havia 4 anos desde a ultima vez que fomos para lá, Pedro tinha 2 anos e Laura 4 anos, eram tão pequenos que não lembravam de muita coisa daquela cidade e da casa da vovó Ana.

Quando chegamos, a primeira coisa que fizemos foi ver a Barragem. Sem se quer ter tirado uma única mala do carro ou colocado biquíni, sunga e passado protetor solar. Mas o André precisava ver a maravilha que aquela cidade nos trazia. 

Dom Joaquim - Barragem

Depois de renovar um pouquinho das nossas energias só de olhar a barragem, hora de irmos pra casa, descarregar o carro, entregar os presentes pra tia Vanda, abrir a casa todinha, trocar de roupa e saber de todas as novidades que a cidade nos reservava. Não eram muitas, mas as que tinham nos deixou surpresos. A rua da vovó agora era uma Avenida, o primo Kika já havia terminado a casa nova e era o "fazendeiro" da cidade e que a casa da tia Rita mais uma vez estava cheia de gente... então a festa estava garantida. 

E por falar em tia Rita, lembro de tanto coisa boa da infância que passei ao viajar para Dom Joaquim, do milho que jogávamos para as galinhas, dos pintinhos que tentávamos pegar, dos carros de bois que pegávamos para subirmos o morro, das brincadeiras de caiu no poço, esconde esconde, pega pega, policia ladrão em que atravessávamos o cemitério, dos pés de goiaba e manga que subíamos, das canas descascadas na escadaria da casa vizinha, das queimadas e futebol na rua... e até mesmo quando a bola caia no córrego que existe na rua, foi lembrado. Existe uma praça também. A praça dos eventos, do carnaval, das brincadeiras, namorinhos escondidos, aquela praça que toda cidadezinha tem. Quantas quitutes tia Rita sempre tem em sua casa e se não tem, sempre tem algo de bom para fazer.

Os melhores pastéis de Dom Joaquim

Os meninos queriam conhecer mais a cidade aonde a tataravó nasceu e viveu. Aonde a Bisavó Geralda havia passado a sua infância e um pouco da adolescência e queriam saber de tudo que a avó Fabiana já havia feito  nas viagens que fazia para a cidade de Dom Joaquim. Fiz questão de mostrar cada pedacinho de lá para eles, explicando como cada coisa acontecia em sua época. Fomos a capelinha no topo da morro, de onde conseguimos ver toda a cidade. 

Capelinha

Vista da cidade de Dom Joaquim

A cidade tem, além da barragem um rio, chamado Rio de Peixe. Porém, devida a passagem da Mineradora pela cidade, o nível de água caiu bastante. deixando também a pesca um pouco prejudicada.

Rio de Peixe

A BARRAGEM E O QUÊ DE MELHOR TÊM NA CIDADE:

Como falei na primeira parte do texto da Barragem, Dom Joaquim possui duas piscinas naturais, cachoeira e um chuveirão de água corrente. É aonde acontece o Garota/Garoto Barragem, um concurso do carnaval que já virou tradição na cidade. A barragem conta também com restaurantes e barzinhos, praias de cimento, telefone público e bem ao lado existe um ginásio poliesportivo e uma área de camping. 

Chuveirão

Cachoeira

Dom Joaquim é aquela cidade pacata,com tempo pra chupar um (ou vários) picolé (s),  em que criança brinca de bola na rua, vai no mercadinho da esquina buscar um doce, anda de bicicleta, corre atrás de galinha, anda a cavalo, nada, pesca e é feliz. Cidade pacata do comercio no kilo, da bicicleta de barra circular,

Feliz com a simplicidade que a cidadezinha nos proporciona.

Museu de Dom Joaquim

Dom Joaquim, sempre conhecida por mim como a cidade da vovó Ana. E acho que também pelo meus filhos. Que gostaram tanto, que já andam fazendo planos para voltarem....

E você já conhece a cidade da vovó Ana?

Se não conhece, vale a pena conhecer Dom Joaquim.

Um beijo grande.

Carol