"Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira." Johann Goethe
Retornamos
à Lapinha nas férias de Julho. Nosso primeiro contato com o vilarejo
aconteceu em 2009. Maria era bem pequenininha , o Vilarejo era pouco
conhecido e contava com pouca estrutura turística. De lá para cá Lapinha
vem se tornando um destino turístico para casais, famílias e amantes
de turismo radical. A beleza natural do lugar , a simplicidade do seu
povo e a tranquilidade local nos encantou imediatamente. E por isso ,
Lapinha , constantemente está no nosso roteiro de viagem e na indicação
para amigos.
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Primeira visita à Lapinha!!!!
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Maria e Barnabè em Lapinha!
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Lá a vida segue um ritmo bem mais calmo: crianças brincando livres ,
animais soltos nas ruas, cheiro de comida no fogão à lenha, um sincero
bom dia, além de cachoeiras e trilhas convidativas .Precisa de mais
alguma coisa?
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Lindeza que fala, né?
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Um pouco sobre Lapinha:
Lapinha
da Serra, distrito de Santana do Riacho ,está situada aos pés do Pico
da Lapinha ,segundo ponto mais alto da Serra do Cipó, com 1687 metros
de altitude, e faz
parte da Área de Preservação Ambiental Morro da Pedreira . Fica a 143
km de
Belo Horizonte no caminho para a Serra do Cipó.
Com inúmeras
belezas naturais, o distrito atrai visitantes em busca de sossego e também de
aventura. O vilarejo possui lagos, cachoeiras, grutas, rios, picos e sítios
arqueológicos que são propícios tanto à paz da contemplação, quanto à
adrenalina dos esportes radicais.
Maiores informações sobre o Vilarejo no site Portal da Lapinha
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As lagoas são lindas: impossível não registrar!
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A
cultura local é bem marcada por festejos religiosos como o Dia de São
Sebastião, padroeiro da cidade , a Festa de Nossa Senhora Aparecida e festas juninas.
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Devagar e sempre!
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Originado no século XVIII, o povoado de Lapinha da Serra é um prato cheio para os amantes de trekking e de ecoturismo, abrigando cachoeiras lindíssimas e trilhas desafiantes. A partir de Lapinha, é possível percorrer, por exemplo, a famosa Travessia Lapinha – Tabuleiro,
em uma caminhada de cerca de 3 dias e 40 km de extensão que deve ser
feita com auxílio de guias. Max sonha em fazer essa travessia. Estamos
amadurecendo a ideia.
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Uma lagoa no quintal! Vista do restaurante Moendas
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Voltando
ao assunto férias :A ideia era recarregar as energias em um local
próximo a Belo Horizonte, pois não tínhamos muitos dias de
recesso.Lapinha está relativamente próximo a Belo Horizonte. Nas vezes
que estivemos no vilarejo , a Maria Eduarda era muito pequena e não
fizemos trilhas longas. Nos limitamos a passear pelas lagoas, brincar no
descampado em frete a igreja e nadar na cachoeira do Boqueirão.
Antigamente o acesso às cachoeiras era gratuito, mas ultimamente é
pago.Uma pena!
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Como essa menininha aproveita a vida!
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Há inúmeras hospedagens para todo tipo de gosto e de bolso . Para desligar do mundo , escolhemos a Pousada Vila dos Fundos
para nosso lar temporário. Decisão muito acertada. A Pousada Oferece
Chalés individuais com suíte e mezanino, café da manhã farto com
produtos naturais e regionais . Há cozinha toda equipada à disposição
dos hóspedes e também churrasqueira, forno de pizza, fogão à lenha e
redário para os visitantes . A localização é privilegiada com vista para
o pico e lagoa nos fundos.
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Pousada Vila dos Fundos
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O chalé!
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Como
eu amo cozinhar , optamos por fazer o jantar na cozinha para os
hóspedes. Definimos o menu com caldos, massas, risoto e fondue. Levamos
nossos vinhos, mas há carta de vinhos na pousada, além de bebidas
geladas e geleias caseiras que a proprietária, Dona Chica, produz, casos
os visitantes precisem.
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Jantarzinho!
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O
comércio local ,praticamente, só funciona aos finais de semana. Mesmo
em época de férias muitos lugares estavam fechados. Almoçávamos no
restaurante Moendas que trabalha com cardápio de comida mineira e
vista linda para o pico e para a lagoa. Não há farmácias, então , ao
visitar o distrito tenha um kit primeiros socorros.
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Café da manhã maravilhoso!!!!
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Um café da manhã dos deuses!
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A
Vila dos Fundos disponibiliza stand up, barco e caiaque para os
hóspedes. Um plus e tanto . Andamos de caiaque de uma lagoa a outra ,
vimos o sol se por na lagoa e aproveitamos cada segundo no nosso paraíso
particular.
Senhor
Marquinhos , proprietário, conhece bem as trilhas e cachoeiras e
auxiliou muito na organização do nosso roteiro de aventuras.
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E lá vamos nós!
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Para
falar a verdade, descansamos a mente em Lapinha, pois o físico
trabalhou bastante: Fizemos duas trilhas sensacionais: Trilha do Pico da
Lapinha e Trilha para a cachoeira do Lajeado.
Andamos
bastante e fomos recompensados com muita conexão com a natureza, banho
de cachoeira e vista estonteante do cruzeiro no Pico da Lapinha.
Experiência
enriquecedora, principalmente para a Maria Eduarda, que ampliou seus
conhecimentos geográficos e sua inteligência naturalista .
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Na trilha!
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Abaixo informações sobre as trilhas que exploramos em Lapinha.
TRILHA ATÉ O PICO DA LAPINHA
Para acesso trilha da Lapinha partindo da praça central da Vila de Lapinha, onde há duas pequenas igrejas, seguir em direção aos lagos, passando pela Confraria Paladino. O caminho levará até um grande campo gramado próximo ao Lago do Vilarejo e uma pequena ponte que leva até o acesso às trilhas.
Adotamos como ponto de partida das trilhas o pequeno portão
localizado próximo a uma casinha que dá acesso aos picos e cachoeiras. A
partir daí, basta seguir em direção à montanha. A subida é feita em
meio às pedras e, em alguns pontos, é necessário utilizar as mãos. Ao
longo de todo o caminho você irá conviver com vegetação rasteira típica
do cerrado e cascalho, portanto o ideal é utilizar calçado fechado.
Ao longo da subida, passamos por diversas quedas d´água: Pocinho, Boqueirão, Poço da Pedra e Cachoeira do Rapel. A
partir daí, tomam-se como referência os canos que levam água das
nascentes para a vila. Será preciso contorná-los, passar por debaixo,
sempre tomando cuidado para não os danificar.
OBS:
Nesse ponto da trilha tem uma pequena fonte de água potável onde é
possível se hidratar e encher o cantil para o restante do trajeto.
Chegando à parte alta, a trilha passa a ter sinalização, ou
“quase isso”, porque apesar de haver placas indicando a direção
que leva ao Pico da Lapinha (mesmo caminho que leva ao Pico do Breu),
na prática essa primeira parte do caminho é bem confusa, pois a
vegetação é rasteira e grande parte da trilha consiste em andar sobre
as pedras, o que torna muito fácil sair do caminho principal e acabar se
perdendo.
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Caminhadinha boa!
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Mesmo não conhecendo a região é possível superar essa primeira dificuldade. Basta se guiar pelo topo do Pico da Lapinha e seguir sempre em sua direção. (Para isso recomenda-se ter alguma experiência em trilhas e estar acompanhado). Caso
sinta que está seguindo o caminho errado, retorne ao ponto de partida e
tente novamente até conseguir alcançar a trilha de terra, já na base da
montanha.
Chegando à base da montanha, torna-se bem mais fácil de identificar o
caminho correto a seguir. É uma subida bem cansativa em meio a muitas
pedras e terra escorregadia. A trilha vai contornando o Pico o que torna
a subida lenta . O lado bom é o visual impressionante que de toda a região que forma a Lapinha da Serra.
Após a subida, a trilha se torna mais plana, virando uma verdadeira
caminhada até bem próximo a um casebre. A partir daí, há um pequeno
trecho de terra batida, sendo preciso atravessar um pequeno córrego.
Passado essa parte, o restante, já com uma bela vista da Lapinha e
adjacências alterna entre andanças e subidas até que se chega ao pé do
Pico.
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A recompensa!
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Pra se chegar até o ponto mais alto, identificado por uma cruz, é
preciso preparo para escalar pedras e desviar de plantas, mas no fim
vale a pena. Não aconselhável para crianças pequenas e pessoas com dificuldades de locomoção.
Fizemos essa trilha em aproximadamente 5 horas ( ida e volta). O visual é sensacional. Algo indescritível!!!!!
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No alto!!!!!
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Vista linda de viver!
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TRILHA PARA A CACHOEIRA DO LAJEADO
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Primeira porteira!
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Para seguir em direção à Cachoeira do Lajeado,
siga à direita, paralelo às margens dos Lagos. A trilha é bem longa o
que a torna cansativa, apesar de ser plana na maior parte do tempo. Uma
dica é alugar um cavalo o que torna o trajeto mais leve e divertido. (Há a possibilidade de ir de bicicleta, mas o caminho é todo de cascalho e será preciso cruzar alguns riachos).
Outra ideia é alugar uma canoa e seguir pelo lago. Há um ponto onde é
possível desembarcar e seguir a pé. Optamos por fazer o trajeto à pé
mesmo! Mais ou menos 4 horas de caminhada ( ida e volta).
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No caminho!
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É possível avistar a cachoeira de longe. Uma formação rochosa
enorme. Chegando próximo a ela, há uma pequena casa com animais e um
cercado que impede que se prossiga a cavalo ou bicicleta. Será preciso cruzar um córrego proveniente da
cachoeira para chegar ao destino.
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Vitamina N de natureza!
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Atravessamos
exatamente sete porteiras até chegar à cachoeira. Como havia muitos
dias que não chovia , a cachoeira estava praticamente seca. Em tempo de
cheia deve ser deslumbrante , pois a queda d'água forma um véu de águas . Mesmo assim, amamos o passeio! O poço é bem lindo e proporciona um banho bem refrescante.
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Cachoeira do Lajeado
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Lembre-se
: em de trilhas é imprescindível usar roupas e sapatos adequados,
boné, protetor solar , levar água e lanche.Além de itens de primeiros
socorros e de segurança.
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Contemplação!
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A
trilha até o Poço do Soberbo ( considerado o mais lindo da região) e a
trilha da cachoeira do Bicame, bem como a trilha do Pico do Breu,
ficarão para uma próxima visita ao distrito.Essas trilhas são mais
longas e de maior dificuldade.
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Cachoeira do Bicame
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Poço do Soberbo
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Uma
atividade bacana é conhecer as pinturas rupestres. Passeio de barco
feito com guia especializado. Há um centro de informações ao turista
atrás das igrejinhas. Fica a dica!
Pintura rupestre!
Utilizamos informações do site: trilhas e cachoeiras As dicas foram importantes para que fizéssemos as trilhas com segurança e êxito. Gratidão!
As
lojinhas de artesanatos, os cafés e restaurantes também tornaram nossa
estadia memorável. A gentileza e cuidado fazem parte do dia -a- dia
dos moradores que estendem essas delicadezas aos visitantes de Lapinha.
Como não amar?
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Artesanato local!
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Detalhes que amamos!
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Vidinha difícilllll!
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Bem,
tivemos uma semana deliciosa e desacelerada nesse vilarejo que é puro
encanto.Um lugar convidativo para quem quer recarregar as energias,
namorar, reconectar-se à natureza e driblar a rotina.
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Companheira que ama balanços!
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Apoiado!
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Importante
:Caso você tenha tempo , vale dar uma esticadinha até Santana do
Riacho ( há um rio com prainha que é uma delícia) , Serra do Cipó e
Gruta da Lapinha ( que não fica em Lapinha da Serra). Esses lugares
ficam no caminho para Lapinha linda da Serra e com toda certeza merecem
ser incluídos no roteiro.
Pesquisas recentes mostram que as experiências vividas durante uma
viagem familiar causam profundos impactos na vida das crianças. As
viagens proporcionam grandes benefícios para o desenvolvimento emocional
e cognitivo dos pequenos.
Quando estão viajando, os pais dispõem de mais tempo livre e de
qualidade para ficar com a família, tendo assim, mais disposição e
energia para oferecer aos filhos. Estes momentos em família vão muito
além da diversão, eles proporcionam bem-estar e felicidade de forma
duradoura.
Passar tempo em locais diferentes é importante para o desenvolvimento
cerebral. Quando saem da rotina acessam partes do cérebro que estão
associadas à habilidade de aprender, o que faz com que melhorem o
desempenho em leitura, matemática e conhecimentos gerais.
A
construção de lembranças positivas é outro fator relevante,
relacionado às viagens. Foi constatado por um estudo realizado na
Inglaterra, que a maioria das pessoas trazem lembranças de suas férias
de família em suas infâncias, como suas preferidas. E isto, independente
do local, hotel ou casa dos avós, perto ou longe, de carro ou avião.
Sem contar a valiosa interação familiar que acontece com o planejamento e
organização de uma viagem. Este tempo dedicado também fortalece os
vínculos familiares, proporcionam novos relacionamentos, através do
conhecimento de pessoas com hábitos e costumes diferentes, desenvolvem o
respeito e a tolerância.
Em poucos momentos na vida, são vivenciadas e testadas, tantas experiências e sensações, quanto em uma viagem. Texto do site Instituto mãe
Super concordamos com tudo isso!!! Nossas viagens em família acontecem
desde que a Duda tinha 11 meses e de lá pra cá só melhoramos como seres
humanos e família.
Então,
qual será o próximo destino da sua família? Bem, nós iremos para o Pará e já
estamos ansiosos para conhecer um pouco da região norte do nosso país.
Assunto para post futuro.rs
Até a próxima !
Carpe diem!!!
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Até breve, Lapinha!
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Fernanda Grey@arcoirisnomeuceuu
Adoramos!!! Obrigada pela partilha!
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