Você
sabia que passear, ir ao supermercado ou uma simples volta no quarteirão tem
impacto direto na relação do seu filho com os estudos?
“Como assim?” você deve
estar se perguntando, não é mesmo?!
Calma
que eu vou te explicar. É que toda vez que a gente passeia, sai de casa, ou
simplesmente vai ali na esquina, estamos tendo uma nova experiência. E tudo que
a gente vê ou ouve nessa “nova experiência” fica guardado lá no fundo da nossa
memória. Em um lugar que a gente acessa toda vez que precisamos formar um novo
conhecimento.
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Mais como assim, de onde você tirou isso Fabiana?
Não, eu não inventei isso. Tirei de estudos,
livros e principalmente de uma palestra que tive o prazer de ouvir pela segunda
vez esse ano com o título: Socorro, meu filho não estuda! das queridas Thais e
Roberta Bento, que estiveram em BH em agosto e que eu vou resumir pra vocês
aqui.
O
nosso cérebro funciona como uma grande HD que armazena informações de todos os
tipos todos os dias das nossas vidas. Elas ficam guardadas lá no fundo, onde,
muitas vezes, a gente nem lembra que elas existem. Elas são chamadas de “memoria
a longo prazo”. E são acessadas todas as vezes que precisamos combiná-las com
novas informações e formarmos novos conhecimentos.
Basicamente
funciona da seguinte maneira. Em um passeio ao museu uma criança de 6 anos vê
móveis, roupas e utensilios que eram usando antigamente, coisas que não se usa
ou existem mais, ou até mesmo que evoluiram como o rádio ou o fogão (que era a
lenha e virou à gás). Alguns anos depois ele estuda na escola sobre os costumes
daquela época, como vivia o ser humano há seculos atrás e, quase como mágica,
aquele memória do museu é resgatada, e ele combina com o que o professor está
explicando, passando a entender de forma mais fácil aquele conceito e, não
apenas isso, a informação/conhecimento, é retida de forma mais prazeirosa pela
criança, fazendo com que aquele processo de aprendizagem, naquele dia, tenha
sido menos dolorido, e com que ele se sinta mais motivado para aprender os
novos contudos que estão sendo ensinados em sala de aula.
O
que eu, e a Thais e a Roberta Bento, queremos dizer sobre isso? É que o nosso
papel, enquanto pais ou responsáveis é de ajudar as crianças a juntarem o maior
numero possivel de “memória a longo prazo”. E como se acumula essas memórias? Segundo
as duas especialistas, se acumula através de experiência de exposição a
diferentes ambientes e realidades como passeios no parque, na praia, ida ao
supermercado, visita na casa da avó ou até mesmo uma viagem.
Além
de garantir essas experiências, nós temos que garantir também que eles sejam
capazes de refletir sobre esses momentos. Eu não falo aqui em grandes análises,
falo mais em conversar com a criança sobre aquele momento, sobre alguma coisa
que estejam observando, fazer questionamentos, para que o raciocínio dela e a
capacidade em fazer conexões também sejam estimulados.
Existem
diversas ferramentas que podem fazer com que o seu filho ou filha tenham um bom
relacionamento com os estudos, e esta da “formação de memórias de longo prazo”
é apenas a base para uma infinidade de recursos.
Por
isso tudo aí em cima é que um simples passeio tem tanto impacto na relação das
crianças com o estudo. Então não perca as oportunidades de fazer passeios por
aí com o seu filho. Além de praticar o tempo junto (sobre isso, falo aqui em
outra oportunidade), você estará preenchendo as gavetas dele da “memoria de
longo prazo”, facilitando o processo de aprendizagem da criança e tornando-o
mais divertido.
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