Hoje vamos conversar sobre como a brincadeira e o tempo junto afetam não só a autoestima do seu filho, mas também ajuda – e muito - na escola. Ah, eu sei que tem mãe que “não gosta de brincar” ou “não tem tempo pra brincar”, mas fica comigo até o fim que talvez você veja que mesmo sem perceber você já está brincando com o seu filho.
Da última vez que passei por
aqui, a gente conversou sobre como passear gera um impacto direto na relação doseu filho com os estudos e, para dar continuidade, hoje vamos falar sobre como
o simples ato de brincar também impacta nessa relação de aprendizado.
Você lembra que falei sobre a
criação de memórias de longo prazo? (você pode ler mais aqui) Sobre como essas
coisas que vivenciamos ficam guardadas lá no fundo até que sejam combinadas com
novas informações e assim formam um novo conhecimento? Pois então, os passeios
são apenas uma das ferramentas que podemos usar para criar essa bagaem. Mas o
brincar é outra ferramenta tão importante quanto e, talvez, a que é usada
primeiro sem que a gente perceba.
Nós começamos a estimular as
crianças já dentro da barriga da mãe, quando a gente conversa com o bebê e tem
até quem leia histórias e coloque musica pra eles. Depois que nascem nós
passamos a estimular de outras maneiras além da nossa voz, mas também através
do toque e de objetos que são apresentados para a criança. Isso tudo já pode
ser considerado brincar.
É através das brincadeiras
simples como esconder atrás do pano e aparecer de volta, que estimulamos o
raciocínio lógico. Quando colocamos uma música e começamos a dançar e cantar
estamos estimulando a memória e a coordenação motora. Quando mostramos alguma
coisa estimulamos a compreensão e a percepção das crianças. Quando contamos uma
história estimulamos não só a linguagem, mas a interpretação. Fazemos tudo isso
sem perceber, e talvez até sem saber o quanto é importante para o
desenvolvimento dela. Porque nessas simples brincadeiras está o alicerce para
duas coisas muito importantes na formação do ser-humano:
1 – A confiança e auto-estima que
são construidas através do que podemos chamar de tempo junto. Que acontece
quando estamos ali totalmente entregues ao momento com a criança, nem que seja
apenas por 5 minutos. É nesses momento que ela entende que você está ali pra
ela, que pode contar com você. E é nessa hora também que são construídas as
memórias afetivas;
2 - Habilidades básicas para a formação de novos
conhecimentos. São aptidões como a coordenação motora que aplicamos na hora de
fazer um desenho, por exemplo. Ou o
raciocínio logico usado para aprender matemática, mas que praticamos muito
brincando de esconde-esconde ou de Lego.
Ou seja, quando brincamos
treinamos e desenvolvemos essas habilidades que vamos usar para conseguir
juntar as memorias de longo prazo e criarmos um novo conhecimento. Assim como
no esporte, onde o treino mantém a nossa forma física. Brincar diariamente
deixa o nosso cérebro funcionando em plena capacidade para realizar as novas
conexões.
Ah, mas como faço se não tenho
tempo de brincar com o meu filho ou se eu simplesmente não gosto de brincar?
Pra quem não tem tempo, existem
diversas brincadeiras que podem ser feitas em momentos do dia a dia, como no
carro quando está levando as crianças para a escola, na hora do banho e até
mesmo na hora de dormir. Já para quem não gosta, aqui é interessante avaliar do
que você realmente não gosta. Será que você não gosta de brincadeiras de correr
como pique pega, mas fica confortável com um jogo de tabuleiro? Ou prefere brincar
de faz de conta ou teatrinho, mas não suporta artes e colagens? Talvez a
questão não seja que você não gosta de brincar, mas sim, que você não gosta das
brincadeiras favoritas do seu filho. Então que tal propor à criança uma
brincadeira que você se sinta confortável e explique pra ele que você não curte
muito a outra, mas que essa atividade que está propondo é uma ótima
oportinidade pra vocês ficarem juntos. A brincadeira pode não durar 5 minutos,
porque as crianças muitas vezes ficam entendiadas rápido, mas aqui a questão
não é a quantidade e sim a qualidade daquele tempo que vocês passaram juntos,
criando memórias e, porque não, treinando uma habilidade?!
Vou deixar aqui em baixo algumas
sugestões de brincadeiras rápidas, que podem ser feitas no dia-a-dia da família
pra você se divertirem bastante.
1 – Estou vendo:
Dinâmica: Uma pessoa começa
descrevendo um objeto que esteja no campo de visão dos participantes, dando
dicas como cor, um carteristica marcante. A cada dica, o outro participante
tenta descobrir qual objeto se trata. Quando o participante acerta, é a vez do
outro escolher um obejto e assim por diante.
2 – Adedanha:
Dinâmica: Nessa versão não
preicsa de papel ou de saber escrever, apenas palavras. Os participantes dizem
a palavra “adedanha” e na última sílaba cada um coloca uma quatidade de dedos.
Conta-se os dedos seguindo a ordem alfabérica das letras até encotrar a letra correspondente.
(por exemplo: 6 dedos = letra F) E cada participante tem que dizer um nome que
começe com essa letra, ou objeto. Ganha quem disser mais nomes e aí recomeça
com a escolha de outra letra.
3 - Mímica:
Dinâmica: Uma pessoa faz gestos
imitando algumas coisa pré-determinada como animais, pessoas e a outra tem que
adivinhar o que é.
4 – Desenho no vapor do box:
Dinâmica: aproveitar a hora do
banho, que o vidro do box ficou todo fosco do vapor e estimular a criança a
criar desenhos com o proprio dedo
5 – Complete o desenho:
Dinâmica: O adulto recorta
figuras de um jornal ou revista e as cola em folhas em branco. A criança tem
que usar a imaginação e completar o desenho a partir daquela imagem da forma
que ela quiser. Aqui não existe certo ou errado.
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