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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Eu acredito na Criação com Apego

Acho triste que a sociedade seja tão ligada as regras sem respeitar a individualidade quando o assunto é cuidar de um bebê. Preocupações com uma independência precoce estão cada vez mais presentes e podem comprometer toda a troca de amor deliciosa entre pais e bebês.

Eu sou uma mãe que:
Pego minha filha no colo e dou atenção quando ela chora
Adormeço com ela e tenho a cama compartilhada.
Amamentei por livre demanda exclusivamente até os 6 meses e ainda hoje quando a Cecília pede o "mama de sobremesa" ou durante o dia junto com outras refeições, não recuso.

Sobre o desenvolvimento da minha filha? Perfeito! Sem qualquer atraso, insegurança ou apego excessivo. Estimulo-a de acordo com sua evolução individual e "cobro"! Como? Se ela já entende, porque não fazer? Ela já guarda as coisas no lugar quando peço, claro que a sua maneira, pois está com 1 ano e 2 meses. É extremamente insistente, quer as coisas para ontem! Tento conversar, mudar de assunto, distrair caso não possa atendê-la, mas estou ali: conversando, cantando e as vezes dando uma de doida.



Para refletir, resolvi trazer alguns trechos do livro Bésame Mucho – Como Criar Seus Filhos com Amor, escrito pelo pediatra Carlos González , que foram publicados pela revista Crescer:

“O proibido parece ser a parte mais agradável da maternidade: ninar o bebê no colo, cantar para ele e desfrutar da sua companhia. Talvez seja por isso que criar os filhos se afigure tão difícil para algumas mães. Todos estes tabus e preconceitos fazem com que as crianças chorem e também não deixam os pais mais felizes.”

“O bebê que chora quer a mãe. Não a quer pela comida, nem pela roupa, nem pelo calor, nem pelos brinquedos que comprará mais tarde, nem pela escola particular onde vai matriculá-la, nem pelo dinheiro que deixará como herança. (...) Ninguém negaria comida a uma criança que chora com fome; ninguém deixaria de abrigar uma criança que chora com frio. Deixaria chorar uma criança que o faz porque necessita de carinho?”

“Devemos dar toda a atenção possível aos nossos filhos. Nunca será demais. Não se pode provocar qualquer ‘trauma psicológico’ por sorrir muito a uma criança ou por dizer muitas vezes ‘gu-gu’.”

“Um sorriso de vez em quando, uma carícia ocasional, uma palavra, mesmo que dita de longe, podem ajudá-lo a se tranquilizar nos momentos em que não podemos dar nossa atenção total. Sempre será melhor do que seguir o conselho tão gasto de ‘não permita que ele o aborreça, deixe-o chorar até que se canse’.”


Leia, se informe e escute o pediatra, mas nunca deixe de confiar em sua intuição. Repeite sua forma de enxergar a vida, as relações familiares e lembre-se: um filho não é um bicho de sete cabeças e é sua responsabilidade.

Beijos


Aline Caldas Viterbo