Hoje eu completo 4 anos de casada! Um tiquim de tempo em meio a realizações, frustrações cotidianas pelo que cada decisão deixou para trás, dias normais de uma vida qualquer, dias intensos em nossas individualidades e muitas emoções. A nossa linda Lala fez o post "Casamento com a chegada dos filhos : 14 coisas que ninguém te contou" ! Eu ri, me identifiquei e me emocionei.
Alguns dias depois uma amiga me procurou com o medo de casar:
"Está tudo tão bom do jeito que está, vejo casais separando, cada vez mais pessoas que querem viver livres e viajantes do mundo, pra quê que eu vou casar, Aline? Funcionamos bem como namorados, mas eu vejo você e o Pedro tão felizes que eu precisava conversar com você."
Passado isso, quis escrever sobre, pois um dos nossos objetivos com o mamãe sortuda é acolher e auxiliar de acordo com a nossa vivência de meras mortais que travam suas batalhas diárias como qualquer um nesse mundo. Assim, eu pensei em alguns tópicos para escrever, pois como essa minha amiga linda, linda, linda há tantas outras que sofrem desse medo de partilhar a vida de forma tão tradicional, responsável e íntima como num casamento.
Se você está em dúvida se quer casar, não case!
A sua insegurança tem um sentido, casamento é coisa séria e difícil de levar. Espere mais um tempo, busque o auto conhecimento, entenda o seu medo, esteja inteiro! As coisas boas da vida acontecem quando a gente foca em nós mesmos! Isso não é egoísmo, é sabedoria.
Eu sou feliz, mas não sou alegre todo dia!
Tem dias que eu quero sumir no mundo! Depois de ser mãe então? Aí que o bicho pega!
"Estou exausta!", virou um clichê. Eu tenho tentado me desacelerar, tenho tentado me conectar com o que faz sentido, não exigir muito de mim e sempre ter meu tapete pra esconder da mente o que do dia eu não consegui fazer. Li um texto da Rafaela da @a.maternidade perfeito sobre esses tapetes que a gente tem pra varrer ali pra baixo o que a gente não deu conta, sem culpa! Esse é o segredo.
E nesses dias tenebrosos o que me faz feliz num instante, ou depois de uma semana que eu já briguei, esbravejei, chorei, surtei?
Nós! Eu e meu marido! Ele e sua postura diante da minha dor, dos meus problemas, das minhas angustias mais profundas! Ele é uma extensão de mim. Casamento é uma parceria que precisa de uma enorme cumplicidade. Eu senti um nó na garganta, uma vontade de chorar? Não faz sentido algum guardar isso pra mim! Por que somos companheiros? Por que nos escolhemos? Se não for para partilhar e dividir alegrias e tristezas, saúde e doença, mais uma vez, não se case!
Eu sou uma romântica incurável!
Sempre tive sérios problemas com isso! Na adolescência então, controlar os impulsos do coração e a passividade pela insegurança que eu sentia nas relações que, já começavam para mim num mero beijinho na boca, sempre foi um problema. Hoje, motivo de muitos risos, casos divertidíssimos, outros trágicos e todos histórias para vida! Estes, sem exceção, me fizeram ser quem sou hoje e sou muita grata pela minha singela construção atual.
Onde entra o romantismo?
Tenho um super segredo: eu vejo filmes, séries lindas e casais românticos e sempre os protagonistas, em algum momento, num sutileza que seja, me lembram o meu marido! Eu amo sentir isso! Em Girl more Girls o Logan, loiro e meu marido, moreno, pareciam! Juro por Deus! Era o jeito de olhar de fazer as surpresas, eu não sei explicar. Em OutLander, O Jamie Ruivo é o Pedro, ponto! E por aí vai.
Eu sei que enxergando isso me vem uma coisa tão deliciosa no coração, é como se ele ganhasse um abraço! Sinto um aconchego, uma vontade de correr pra onde o Pedro estiver. Eu não sei se isso é normal, se vocês estão me achando muito doida, mas é algo que eu amo cultivar e talvez seja um exercício para o tal casamento feliz. O seu companheiro está também em seus sonhos e seus ideais? Vocês andam juntos, sentem que fazem bem um para o outro, e de uma forma sadia se "precisam"? Se não for assim, não se case!
Não é a perfeição, ela não é desse mundo. O que faz um casamento é a vontade de estar junto para o que der e vier.