Mostrando postagens com marcador mineirão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mineirão. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Deixa Ele Assediar?


Há umas semanas, fui ao aniversário de uma amiga num bar da região Noroeste de BH. A casa estava cheia, música alta, ambiente escuro, dançava tranquilamente até que um homem aproximou:

- Não é não? Ele perguntou.
- NÃO É NÃO!!! Respondi.
- Mas você não vai me dizer não.
- Claro que vou! Não sou obrigada!

Simulou uma partida. Voltei a dançar. Ele não foi embora. Segurou forte meu pescoço e tentou beijar a minha boca. Esforcei para que não conseguisse e gritei para me soltar. Ele desapareceu na multidão. 

Senti todo o ódio e vulnerabilidade da qual somos vítimas. Nem sequer havia olhado para seu rosto ou reparado qualquer detalhe naqueles segundos para começar uma caça ao assediador. Foi como um fantasma para mim, daqueles que despertam nossos mais profundos medos. Aqueles que toda mulher sabe quais são!

Existe sempre uma dor, a nossa própria dor, a dor por nossas irmãs, a dor de saber que somos muitas e que os desfechos podem continuar a piorar enquanto eles se armam, porque nós estamos na linha do fogo nas residências e nas ruas, por sermos mulheres, por apenas dizermos NÃO ou por nem termos a chance do NÃO. Nosso corpo não é a sua propriedade!

Deixa ele assediar? Não! Nós vamos gritar! Vamos continuar gritando! Por nós, pelas que vieram antes de nós e pelas que vêm em seguida. 

Vamos denunciar! Seguiremos de mãos dadas, unidas! 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Papai Sortudo - Thales e Théo no Mineirão

Quando descobri que seria pai de um menino, a primeira coisa que me veio à mente foi a lembrança da minha infância e o quanto fui companheiro do meu pai. Meu pai sempre me incentivou a gostar de das mesmas coisas de que ele gostava, para que assim tivéssemos o que fazer juntos. Desse modo, quando eu e a Giulia soubemos da chegada do Théo, pensei na hora: vou fazer a mesma coisa. 

Sou apaixonado por música, artes, engenharia e esportes. Esportes não, futebol. Mais especificamente, o Cruzeiro.



Coincidência ou não, o Théo nasceu  justo em dia de jogo do Cruzeiro, numa quarta-feira à noite, e desde então ele tem sido meu companheirinho, assistimos a todos os jogos juntos. Quando ele ainda era recém nascido eu o ninava com as canções do time, tanto que entre suas primeiras palavras figuravam as queridinhas "zêuo" e "goool".

Eis que, quase dois anos depois daquele jogo a que assistimos juntos na maternidade, o Cruzeiro vem jogar na Arena Independência, que é bem próximo da nossa casa. Era a oportunidade perfeita para levar o Théo ao estádio e observar como reagiria ao barulho, ao tempo de uma partida e à multidão, afinal ele tinha apenas 1 ano e 9 meses. Para minha grata surpresa, o Théo se comportou como se já conhecesse o ambiente, como se estivesse em casa. Vibrou com os gols, não chorou uma vez sequer e ainda voltou para casa cantando (ou pelo menos tentando e balbuciando) as músicas da torcida.

Surgiu então uma nova oportunidade, uma prova de fogo. Desta vez o jogo seria no Mineirão, um estádio maior, com mais gente presente e mais distante de casa. Mas uma vez o Théo foi brilhante, ainda mais desenvolto e familiarizado com a situação, até "discutiu" o time comigo. Ficou louco pelo "Posão" (Raposão, mascote do Cruzeiro). Nos divertimos muito.

É claro que a maior felicidade de compartilharmos essa paixão é minha. Sei que em breve, com o crescimento do Théo, terei um companheiro inseparável de Mineirão, e quem sabe de outros estádio do Brasil, assim como fomos eu e meu pai. Enfim, sou grato por este companheirão que a vida me deu. Sou um papai mais que sortudo. E fanático, né?

Essas são as nossas primeiras lembranças:



Por hoje é só! Até Breve!


Thales Barros