O MAR DE MARIA
(FERNANDA GREY)
MARIA AMA NADAR
MARIA AMA O MAR
MARIA VIA O MAR E RIA
MARIA VIU O MAR
NO SEU NOME
MAR IA
O MAR IA
E VINHA BANHAR
A MENINA MARIA
ELA IA E VINHA
RIA A BRINCAR
COM O MAR I A
MARIA, MINHA MENINA ...
LINDA A NADAR
NO MAR, SORRIA....
QUE ALEGRIA DA MENINA
A BANHAR- SE
PELO MAR IA...
Escrevi este texto , quando a Maria Eduarda estava com 2 anos e 8 meses. Estávamos indo para Cumuruxatiba/BA (lugar que merece outro post, inclusive). Seria a primeira vez que Maria conheceria o mar. Escolhemos um lugar bem calmo e com natureza exuberante. A Bahia seria o cenário perfeito: Prados, Cumuruxatiba, Porto Seguro, Arraial da Ajuda e Trancoso.
Fomos de carro. Viagem longa e cheia de paradas para garantir que a pequena aproveitasse o passeio. Ela dormiu muito durante o trajeto e, quando passávamos por Alcobaça/BA, Maria acordou. Meu marido teve a ideia de parar o carro e filmar a reação da Duda ao ver o mar pela primeira vez.
Quando descemos do carro, Duda olhou para aquela imensidão azul e disse: “tem baleia não, pode nadar, né? “Os olhos dela eram puro brilho e fascinação. Segurei a mão dela , mas ela hesitou um pouco em me acompanhar. A textura da areia morna nos pezinhos deve ter incomodado no início, pois ela ficou um tempo parada sentido a areia entre os dedos. Depois Maria correu, correu... Os cachinhos balançam ao vento e ela ria e ria despretensiosamente.
Lançou-se ao mar com tamanha vontade que foi derrubada por uma pequena onda. Levantava, caia, ria, sentia a água, o sol, o vento.... Ficou assim por algum tempo : experimentando o mar e suas possibilidades. Chorou muito quando voltamos para o carro. Não queria ir para longe do “novo amigo”. Foi tão lindo, tão gratificante, tão inesquecível. Até hoje lembro da cena, revejo o vídeo e me emociono.
Ficamos em “Cumuru” por uma semana e os laços entre Maria e o mar foram se consolidando. Ela foi sentindo segurança em pular as pequenas ondas, em molhar os cabelos.... Construir muitos castelinhos na areia. Tudo puro, rico e significante para ela e para nós. Ter filhos nos dá a possibilidade de voltar à infância e ressignificar tantas coisas....
Bom, de lá pra cá foram várias idas à praia. Todos os anos vamos para algum lugar com água salgada, areia, maresia e por do sol. Uma meta, um objetivo de vida: viajar é abrir olhos, ouvidos, mente e coração para novas experiências. Somos uma família pé na estrada. Viajar é uma das nossas grandes prioridades e Maria ter aprendido muito em cada viagem, seja para o mar ou para as montanhas.
Eu quis falar sobre essa experiência da minha filha porque desejo que todas as crianças do mundo possam ser felizes. Possam ter momento de pura alegria e aprendizado como Maria constantemente tem. E que, nós, adultos, possamos garantir que todas as crianças tenham direito à uma infância plena, feliz, rica em curiosidade e descobertas. Podem me chamar de idealista, mas creio, sim, que os bons são a maioria. São vários movimentos: ONGs e instituições de ensino que estão caminhando , refletido e discutido sobre a visibilidade e protagonismo dos pequenos. Dar voz e vez às crianças: esse é o caminho para um presente e um futuro mais fraterno, colaborativo, sustentável e solidário.
"A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes".
Oscar Wilde
Escrevi este texto , quando a Maria Eduarda estava com 2 anos e 8 meses. Estávamos indo para Cumuruxatiba/BA (lugar que merece outro post, inclusive). Seria a primeira vez que Maria conheceria o mar. Escolhemos um lugar bem calmo e com natureza exuberante. A Bahia seria o cenário perfeito: Prados, Cumuruxatiba, Porto Seguro, Arraial da Ajuda e Trancoso.
Bom, de lá pra cá foram várias idas à praia. Todos os anos vamos para algum lugar com água salgada, areia, maresia e por do sol. Uma meta, um objetivo de vida: viajar é abrir olhos, ouvidos, mente e coração para novas experiências. Somos uma família pé na estrada. Viajar é uma das nossas grandes prioridades e Maria ter aprendido muito em cada viagem, seja para o mar ou para as montanhas.
